CCBB apresenta mostra com obras de Geraldo Sarno; cineasta baiano morreu de Covid-19

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Retrospectiva conta com 26 filmes. Longas, médias e curtas-metragens são apresentados a partir desta terça-feira (23) com ingressos a R$ 5. Geraldo Sarno durante a filmagem de Sertânia na cidade de Milagres, Bahia, 2018
Divulgação
O Centro Cultural Banco do Brasil recebe, a partir desta terça-feira (23), uma mostra inédita com a filmografia do cineasta baiano Geraldo Sarno. A retrospectiva conta com 26 filmes e fica em cartaz até 11 de junho, com ingressos a R$ 5 (veja mais detalhes abaixo).
Uma das referências do cinema brasileiro moderno, Geraldo Sarno morreu de Covid-19, aos 83 anos, em fevereiro de 2022. O cineasta foi integrante do Caravana Farkas, projeto coletivo de realização documental capitaneado entre os anos 1960 e 1970. Depois disso, teve uma carreira entre a ficção e o documentário, cinema e televisão.
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Os curadores da mostra são Leonardo Amaral e Ewerton Belico, que buscaram exibir todas as obras do cineasta no período de festival. Amaral conta que o falecimento de Sarno aconteceu quando o baiano estava “em plena atividade”. A mostra, inclusive, teve participação do cineasta, que pensou os aspectos da retrospectiva junto aos curadores.
“Ele tinha um enorme entusiasmo em poder exibir vários de seus filmes que há tempos não são mostrados no cinema. Acho que, mesmo com a triste ausência dele, é uma oportunidade única de revisitar essas obras”, conta Leonardo Amaral.
De acordo com o curador, Sarno buscou alcançar os diversos aspectos do povo brasileiro, com temáticas religiosas, de imigração, cultura popular nordestina e brasileira, cantorias e pelo universo da literatura de cordel. “Poucos foram os cineastas brasileiros que conseguiram contemplar tamanha profundidade da cultura nacional como ele fez”.
Amaral ainda pontua que os espectadores terão “uma chance imensa de conhecer ou descobrir novos filmes de um dos principais cineastas brasileiros, nem sempre reconhecido por sua grande importância”.
A mostra
Cena do filme “Sertânia”, de Geraldo Sarno
Reprodução
Os 26 filmes selecionados estão divididos entre nove longas, cinco médias e 12 curtas-metragens; e obras documentais e ficcionais.
Além dos filmes, a retrospectiva reúne dois bate-papos e o lançamento de um catálogo com grande acervo de escritos, fotografias e arquivos do próprio Sarno.
A Retrospectiva Geraldo Sarno também apresenta um trabalho inédito realizado pelo cineasta, um dos episódios da série “Sertão de Dentro”, e cópias novas dos filmes “Iaô” e “Plantar nas Estrelas”. O encerramento conta com o filme “Sertânia”, festejado pela crítica brasileira.
Programe-se
Cineasta Geraldo Sarno morre aos 83 anos
Retrospectiva Geraldo Sarno
Quando: 23 de maio a 11 de junho
Local: CCBB Brasília
Ingressos: a partir de R$ 5, no site ou na bilheteria do CCBB. Os bate-papos terão ingressos disponibilizados 1h antes do início, apenas na bilheteria do CCBB
Confira a programação
Terça-feira (23)
18h: “Brasil Verdade”, de Geraldo Sarno, Paulo Gil Soares, Manuel Horácio Gimenez e Maurice Capovilla (1968). Classificação livre.
19h: apresentação da curadoria da mostra por Leonardo Amaral.
Quarta-feira (24)
19h: “Os Imaginários” (1970). Classificação livre. “Viramundo” (1968). Classificação livre. “Viva Cariri!” (1969). Classificação livre.
Quinta-feira (25)
19h: “O Côco de Macalé” (1982). Classificação 12 anos. “Último Romance de Balzac” (2010). Classificação 12 anos.
Sexta-feira (26)
17h: “Eu Carrego um Sertão Dentro de Mim” (1980). Classificação livre. “A Terra Queima” (1984). Classificação livre.
19h: “Coronel Delmiro Gouveia” (1990). Classificação livre.
Sábado (27)
15h: mesa de debate – Geraldo Sarno e a experiência da Caravana Farkas, com as palestrantes Camila Dutervil e Edileuza Penha de Souza, e mediação de Leonardo Amaral. Classificação livre.
18h30: “Sertânia” (2020). Classificação 16 anos.
Domingo (28)
16h: “Casa Grande e Senzala” (1978). Classificação livre. “Deus é um fogo” (1987). Classificação livre.
18h30: “Dramática Popular” (1968). Classificação livre. “Semana de Arte Moderna” (1972). Classificação livre.
Terça-feira (30)
18h: “Tudo Isto me Parece um Sonho” (2008). Classificação 14 anos.
Quarta-feira (31)
19h: “Coronel Delmiro Gouveia” (1992). Classificação livre.
Quinta-feira (1º)
19h: “Vitalino Lampião” (1969). Classificação livre. “Herança do Nordeste”, de Geraldo Sarno, Sérgio Muniz e Paulo Gil Soarres (1972). Classificação livre.
Sexta-feira (2)
16h15: “Brasil Verdade”, de Geraldo Sarno, Paulo Gil Soares, Manuel Horácio Gimenez e Maurice Capovilla (1968). Classificação livre.
19h15: “Sertão de Dentro” (2023). Classificação 10 anos.
Sábado (3)
16h: mesa de debate – Métodos de trabalho de Geraldo Sarno, com as palestrantes Rayssa Coelho e Dácia Ibiapina, e mediação de Ewerton Belico. Classificação livre.
19h: “Coronel Delmiro Gouveia” (1990). Classificação livre.
Domingo (4)
17h: “Jornal do Sertão” (1970). Classificação livre. “O Engenho” (1970). Classificação livre. “A Cantoria” (1970). Classificação livre. “Segunda-Feira” (1975). Classificação livre. “Plantar nas Estrelas” (1978). Classificação livre.
19h: “Espaço Sagrado” (1976). Classificação 16 anos. “Iaô” (1976). Classificação 16 anos.
Terça-feira (6)
17h: “O Picapau Amarelo” (1972). Classificação livre.
Quarta-feira (7)
17h: “Eu Carrego um Sertão Dentro de Mim” (1980). Classificação livre. “A Terra Queima” (1984). Classificação livre.
19h: “O Côco de Macalé” (1982). Classificação 12 anos. “Último Romance de Balzac” (2010). Classificação 12 anos.
Quinta-feira (8)
16h30: “Jornal do Sertão” (1970). Classificação livre. “O Engenho” (1970). Classificação livre. “A Cantoria” (1970). Classificação livre. “Segunda-Feira” (1975). Classificação livre. “Plantar nas Estrelas” (1979). Classificação livre.
18h20: “Tudo Isto me Parece um Sonho” (2008). Classificação 14 anos.
Sexta-feira (9)
16h45: “Vitalino Lampião” (1969). Classificação livre. “Herança do Nordeste”, de Geraldo Sarno, Sérgio Muniz e Paulo Gil Soares (1972). Classificação livre.
19h15: “Espaço Sagrado” (1976). Classificação 16 anos. “Iaô” (1976). Classificação 16 anos.
Sábado (10)
16h: “Os Imaginários” (1970). Classificação livre. “Viramundo” (1968). Classificação livre. “Viva Cariri!” (1969). Classificação livre.
18h30: “O Picapau Amarelo” (1972). Classificação livre.
Domingo (11)
16h: “Dramática Popular” (1968). Classificação livre. “Semana de Arte Moderna” (1972). Classificação livre.
18h30: “Casa Grande e Senzala” (1978). Classificação livre. “Deus é um fogo” (1987). Classificação livre.
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