Com alta de 67% em casos de violência, Campinas reúne forças de segurança para criar plano de ação contra feminicídios

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Metrópole já registrou cinco feminicídios em 2023 e já chega perto do total do ano passado, de sete mortes. Reunião contou com representantes do Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo), PM, Guarda, além de uma pesquisadora. A Prefeitura de Campinas (SP) reuniu, nesta terça-feira (23), forças de seguranças, especialistas e pesquisadores em um seminário para definir ações de combate aos crimes de feminicídios. A metrópole registrou, só em 2023, cinco casos de assassinatos de mulheres. A vítima mais recente foi Fabiana Alves Gastardão, de 43 anos, que morreu na segunda (22) com golpes de faca e martelo pelo ex-marido.
Campinas é a cidade da área de cobertura do g1 Campinas que mais registrou ocorrências de feminicídio em 2023. Mogi Guaçu (SP) tem dois casos neste ano, enquanto Indaiatuba (SP), Monte Mor (SP), Sumaré (SP) e Hortolândia (SP) têm um cada.
O número de feminicídios em Campinas já está próximo ao registrado em todo o ano passado, de sete mortes. A reunião aconteceu na sede da administração e contou com representantes do Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo), Polícia Militar, Guarda Municipal, e uma pesquisadora da Unicamp que estuda mortes violentas.
Durante o encontro, o Executivo divulgou dados de violência contra a mulher, de acordo com o Sistema de Notificação de Violência (Sisnov), houve um aumento de 67% entre 2020 e 2022, quando os casos passaram de 1.179 para 1.972.
Um dos focos do seminário foi apresentar as políticas de acolhimento à mulher disponíveis na prefeitura, e que muitas vezes não chegam às vítimas.
“Nós lançamos o auxílio-moradia para mulher que é vítima de violência. Esse auxílio é de R$ 800 por seis meses, podendo prorrogar, e diferente de auxílios que precisam ter medida protetiva, esse não, a mulher precisa ter só um boletim de ocorrência”, disse o prefeito Dário Saadi (Republicanos).
“Precisamos oferecer um atendimento humanizado. O policial, que normalmente é o primeiro que chega, precisa evitar revitimização dessa mulher”, disse a major da PM, Soraya Jorge Santana.
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