Projeto em homenagem a Edyr Proença lança disco, livro e portal em show com entrada franca, em Belém

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Programação será nesta sexta-feira, 17, no Sesc Ver-o-Peso, a partir de 19h. A entrada é franca. O legado, vida e obra do comunicador e artista paraense Edyr Proença são celebrados em verso, prosa e música nesta sexta-feira (17). A programação, no Sesc Ver-o-Peso, em Belém, traz lançamento de livro, de portal virtual e show do disco de composições inéditas de Edyr Proença, interpretadas pela cantora Andrea Pinheiro e participação especial de Olivar Barreto. A entrada é franca.
O projeto presta homenagem a uma das mais relevantes personalidades do jornalismo e da cultura do Pará. Compositor, músico, radialista, advogado, bancário e escritor, Edyr marcou época na história do rádio na Amazônia como narrador e comentarista esportivo.
No show de sexta-feira, serão apresentadas ao público as 14 faixas do disco “A música de Edyr Proença”, composições resgatadas do arquivo da família, gravadas em fitas K7 e que virão a público pela primeira vez. Sob direção artística de Jacinto Kawage e Luiz Pardal, o espetáculo traz Andréa Pinheiro dos vocais.
“Falar de Edyr Proença é falar de esporte, de bom humor, de alegria, de talento. Eu tive a honra de fazer um CD dele há muitos anos, com a participação dele, uma figura ímpar, cheia de piadas e causos para contar. E agora nós vamos ter esse show. É uma grande honra o lançamento deste disco inédito. As músicas são maravilhosas. Bem de acordo com o talento de Edyr”, comenta Luiz Pardal.
Além das canções inéditas, o show traz músicas marcantes da trajetória de Edyr, que já foram gravadas por artistas como Fafá de Belém, Jane Duboc e Leila Pinheiro. Como participação especial, o músico paraense Olivar Barreto, o intérprete que mais gravou canções do Edyr Proença. Andréa Pinheiro, voz central do projeto, conta que a obra do homenageado atravessa sua carreira há décadas, e que recebeu emocionada o convite para participar do disco de inéditas.
“Era um trabalho que me exigiria uma grande responsabilidade e dedicação. Cheguei até a sugerir a Edgar e Edyr, filhos de Proença, que eles chamassem vários cantores. No que eles me disseram: ‘Andréa, se nosso pai estivesse vivo, seria você quem ele convidaria’”, relata. “Então abracei com muito carinho esse projeto, que está lindo! Edyr, mesmo distante, ainda nos proporciona tanta beleza. Eis o sentido da arte e do artista: ser imortal em sua obra e deixar que ela caminhe pelo mundo ‘pra ver a última estrela se esconder, pra ver a poesia amanhecer’”, finaliza.
Livro e portal
Além do lançamento do disco de inéditas, a programação apresenta ao público o livro “Opinião não se discute”, coletânea de dois livros anteriores que Edyr lançou: “Coisas do futebol”, de 1985, “Nem Pelé, nem Romário, nem nada”, de 1995. A nova edição compila as duas obras, em formato revisado e atualizado.
Na ocasião, será lançado ainda o portal virtual em homenagem a Edyr, com a reunião de fotos, vídeos, textos, diversos arquivos de publicações de revistas e jornais datadas da década de 1920 a 1950, além de músicas e composições.
“A gente sentiu a necessidade de reunir esse material do Edyr para que pesquisadores, admiradores, pessoas interessadas pudessem ter contato com a obra. Acessar esse arquivo é, de certa forma, preservar a memória dessa personalidade cuja história também conta parte relevante da história esportiva, artística e cultural do Pará, especialmente da música”, destaca Pedro Vianna, coordenador de produção do projeto.
A iniciativa do projeto foi da família de Edyr Proença, que teve a ideia viabilizada através de projeto de extensão da Faculdade de Música da Universidade Federal do Pará. O projeto foi realizado através de emenda parlamentar do à época Deputado Federal, hoje prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues. A Coordenação artística é de Edyr Augusto, a Coordenação de Produção é de Pedro Vianna e a Produção Executiva é de Felipe Proença. É importante ressaltar o apoio cultural da Emufpa, Fadesp, Ufpa, Fumbel, Prefeitura Municipal de Belém, Fundação Cultural do Pará, Governo do Estado do Pará e Sesc Ver-o-Peso.
Comunicador e artista
Edyr nasceu em 1920, em Belém, filho de Edgar Proença, fundador da Rádio Clube do Pará, poeta e teatrólogo; e Dona Celina, apaixonada por música. Em maio de 2020 comemorou-se o centenário de seu nascimento. No entanto, em decorrência das restrições impostas pela pandemia, as comemorações irão ocorrer em 2023.
Com grande prestígio na imprensa paraense, Edyr passou pelos maiores jornais de Belém. Firmou-se como locutor esportivo a partir de 1946, respeitado por todas as torcidas, apesar de sua declarada devoção ao Clube do Remo e ao Flamengo. Lançou os livros “Coisas do futebol” e “Nem Pelé, nem Romário, nem nada”, obras que reúnem inúmeros causos curiosos e folclóricos, acumulados por Edyr ao longo da carreira na crônica esportiva. Em novembro de 1996, foi eleito presidente da Academia Paraense de Jornalismo.
Na música, Edyr criou, ainda muito jovem, o grupo Bando da Estrela. Nos anos 1970 e 1980 compôs sambas-enredo históricos para as agremiações “Quem São Eles” e participou de importantes festivais de música. Foi parceiro musical de poetas da estatura de Ruy Barata e João de Jesus Paes Loureiro. Sua canção mais conhecida, “Bom dia, Belém”, foi gravada por Fafá de Belém, Jane Duboc e Leila Pinheiro.
Em 1994, a UFPA lançou o LP “Edyr Proença”, da série Música e Memória, com composições de sua autoria nas vozes de grandes intérpretes paraenses. Integrou o grupo Clube do Camelo, que incluiu composições suas nos discos “Clube do Camelo”, de 1995; e “Poetas que cantam”, de 1998. Edyr Proença faleceu em de 1995. Em sua homenagem, o Império Samba Quem São Eles desfilou no carnaval de 1999 com o tema “Edyr Proença está no ar: a voz que fala e canta para a planície”.
Serviço
Show do projeto “Vida e Obra de Edyr Proença”, nesta sexta-feira, 17, a partir de 19h, no Sesc Ver-o-Peso. Entrada franca. Acesse o portal: www.proenca.com.br.
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