Duailibi: Cid deve ‘ficar em silêncio, dizer que fez por conta própria ou que recebeu ordens’ em novo depoimento sobre cartões de vacina

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A comentarista Julia Duailibi também fala sobre o depoimento de Jair Bolsonaro à PF nesta terça-feira (16), onde o ex-presidente diz que, se Cid arquitetou esquema de adulteração de cartões de vacinação contra a Covid, foi sem o seu conhecimento. Julia Duailibi analisa o depoimento de Jair Bolsonaro à PF
Segundo a comentarista Julia Duailibi, em seu novo depoimento à Polícia Federal (PF), na próxima quinta-feira (18), a defesado ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, tem pelo menos três possibilidades de estratégia para seguir.
“Se trocaram o advogado, alguma mudança vai ter. Três possibilidades para Mauro Cid na quinta-feira (18): ficar em silêncio, que é um direito constitucional. (…) Ele pode dizer que fez por conta própria, matar no peito. A terceira hipótese é dizer que ele recebeu ordens”, diz a comentarista.
A comentarista também fala sobre o depoimento de Jair Bolsonaro à PF nesta terça-feira (16), onde o ex-presidente diz que, se Cid arquitetou esquema de adulteração de cartões de vacinação contra a Covid, foi sem o seu conhecimento.
Por quase 3 horas de depoimento, ele negou ter qualquer conhecimento no suposto esquema de adulteração dos certificados de vacinação em nome do próprio ex-presidente e da filha dele, além de Cid e familiares.
“Bolsonaro, em seu depoimento, faz uma série de elogios a Mauro Cid. Diz que [Cid] é um militar altamente qualificado, que ele passou em 1º lugar em todos os cursos militares e, mais importante de tudo, que ele é militar disciplinado”, analisa Duailibi.
“Se Mauro Cid é um militar disciplinado, ele teria entrado no e-mail do então presidente, no ConecteSus, sistema do Ministério da Saúde, teria feito toda essa mudança, essa fralde no sistema, à revelia? Sem o presidente saber? É esse o ponto que está intrigando os investigadores. É conseguir entender se, de fato, ele recebeu uma ordem e como veio essa ordem”, completa a comentarista.
Mauro Cid foi preso no começo de maio no mesmo dia em que a PF fez buscas na casa do ex-presidente. Além do tenente-coronel, outros cinco suspeitos também foram detidos.
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