Intervenção do governo em estatais: ‘já deu errado no passado e dará errado no futuro, ponto final’, avalia Miriam Leitão


No fim da semana passada, o Conselho da Petrobras decidiu não pagar aos acionistas os chamados dividendos extraordinários — fatia extra do lucro da empresa. A decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários para acionistas criou uma polêmica para o governo federal, maior acionista da petroleira.
Para Miriam Leitão, teve intervenção do governo. “Foi do Palácio Planalto que saiu a ordem para não distribuir dividendos extraordinários”, disse a jornalista da TV Globo, da GloboNews, do jornal O Globo, e da rádio CBN em entrevista ao podcast O Assunto desta quinta-feira (14).
No fim da semana passada, o Conselho da Petrobras decidiu não pagar aos acionistas os chamados dividendos extraordinários — fatia extra do lucro da empresa.
“O mais importante é a dificuldade que tem governantes brasileiros, com exceções, felizmente, de entender o que que é uma empresa de capital aberto. O governo é um acionista, mas não é o único, não é dono.”
“É uma empresa com muita liquidez e muito interesse, então é ela é dos seus acionistas. O maior deles é o governo, mas ele não pode fazer tudo que ele quer. Para isso que tem regras de governança, para isso que tem todo o ritual da tomada de decisão, tem que ter transparência, tem que ter prestação de contas.”
Petrobras perde R$ 55 bilhões em valor de mercado após decisão de não pagar dividendos extraordinários aos acionistas
Jornal Nacional/ Reprodução
Para Miriam, fica a sensação de que o governo tem problemas as empresas estais, como um todo, e não só na Petrobras.
“Já deu errado no passado e dará errado no futuro, ponto final.”
Ouça a íntegra do episódio aqui.
Miriam Leitão: “Teve intervenção e há outros sinais”
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