10% das mulheres goianas são empreendedoras


Números são da 4ª edição do estudo “Perfil da Empreendedora Goiana”, lançado pelo Sebrae Goiás Goiás possui 3,7 milhões de mulheres. Dentre elas, 371 mil são empreendedoras, ou seja, 10% do total. Os números são da 4ª edição do estudo “Perfil da Empreendedora Goiana”, lançado em comemoração ao Dia da Mulher, pelo Sebrae Goiás, na última sexta-feira, 8. O levantamento traz características sociodemográficas das mulheres que empreendem e o panorama da criação de empresas por mulheres em Goiás. Além disso, a pesquisa realizada em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), apresenta resultados da análise de determinantes contextuais do empreendedorismo por mulheres em Goiás, o que inclui os indicadores de educação e de infraestrutura. A maior parte das empreendedoras, por exemplo, possui ensino superior incompleto ou completo (32%) e ensino médio (43%), segundo o estudo. Além disso, a edição mostra que mulheres mais jovens possuem maior escolaridade, enquanto mulheres com maior idade possuem menor escolaridade.
Para Antônio Carlos de Souza Lima Neto, diretor superintendente do Sebrae Goiás, a instituição sempre busca motivar outras mulheres a perseguirem seus objetivos e acreditarem em seu potencial empreendedor. “O Sebrae Goiás está sempre preocupado em desenvolver ações que fomentem o empreendedorismo por mulheres e que apoiem o desenvolvimento do nosso estado. Isso se torna mais fácil quando temos esse perfil identificado, já que as ações se tornam contínuas. E isso é ainda mais importante quando percebemos quantas mulheres estão por trás de negócios em Goiás”, comentou. Se tratando do perfil das empreendedoras, a idade média é de 42 anos e 47% delas se declaram brancas, enquanto 46% se declaram pardas. A renda média mensal da empreendedora é de R$2.516, enquanto os homens recebem R$4.135. A mulher empreendedora recebe 60% da renda do homem.
De acordo com Angelita Lima, Reitora da Universidade Federal de Goiás, é preciso tratar os diferentes de forma diferente, a fim de reduzir as desigualdades. “Celebramos hoje conquistas que só foram possíveis devido às lutas de outras mulheres antes de nós. Contudo, o estudo revela que apesar de ter havido um aumento percentual no número de empreendedoras no estado, a diferença de renda média chega a 60%. Estamos há 4 anos monitorando o perfil da empreendedora e a pesquisa monitora a realidade. É importante conhecê-la para tomar medidas. Precisamos reduzir a desigualdade de renda, por exemplo. Pesquisar é importante, mas o mais importante mesmo é o que vamos fazer com a pesquisa”, destacou.
Sobre a evolução da constituição de empresas considerando o gênero dos sócios, nos últimos 40 anos (período de 1983 a 2023), houve um aumento na proporção de empresárias. Em 1983, 77% das empresas foram constituídas por homens e 23% por mulheres. Em 2023 a proporção foi de 58% homens e 42% mulheres (a diferença entre homens e mulheres está estabilizada neste patamar desde 2013). Além disso, 80% das mulheres empreendedoras atuam sem a presença de sócios. As atividades econômicas mais comuns entre empreendimentos liderados por mulheres são: comércio varejista (28%), outras atividades de serviços pessoais (12%) e atividades de alimentação (10%). Com relação ao local onde exercem suas atividades, quase a metade das empreendedoras (49%) possuem empreendimento funcionando em loja, escritório ou galpão, enquanto 36% utilizam o espaço das suas casas para trabalhar como empreendedoras e 12% empreendem em outros locais.
Caderno especial
A fim de fortalecer a cultura do empreendedorismo feminino, o Sebrae Goiás, em parceria com o Grupo Jaime Câmara, realizou o evento ‘Delas – Mulheres de Negócios’, nos dias 1º, 2 e 3 de março, que apresentou melhorias de gestão de micro e pequenas empresas comandadas por mulheres em Goiás. Como resultado, também na sexta-feira, 8 de março, O Popular lançou o caderno especial “Histórias que valem a pena contar”. O caderno traz 21 histórias inspiradoras de mulheres, que mudaram a realidade de suas famílias e comunidades por meio do empreendedorismo. As entrevistadas estiveram presentes no ‘Delas – Mulher de Negócios’, onde puderam apresentar seus produtos e serviços. O caderno especial “Histórias que valem a pena contar” está disponível aqui.
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