Cariocas caem em golpe ao tentar ingresso para festival MITA, e suspeito de estelionato debocha: ‘Almoçando com dinheiro da sua amiga’

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G1apurou que ao menos cinco pessoas foram vítimas do golpe. Suspeito negociava ingressos falsos do festival por R$ 400 e enviou o mesmo arquivo adulterado para todas as vítimas. Suspeito debocha da vítima em conversa do WhatsApp
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Um grupo de cariocas caiu em um golpe ao tentar comprar ingressos para o festival MITA, que será realizado neste sábado (27) no Rio de Janeiro. O suspeito de praticar o crime de estelionato, identificado como Renan Feitosa Barroso, debochou das vítimas.
“Almoçando com dinheiro da sua amiga”, afirmou o suspeito para a amiga de uma das vítimas.
O g1 apurou que ao menos cinco pessoas realizaram pagamentos para Renan Feitosa Barroso e receberam ingressos falsos. Mesmo após ser descoberto pelas vítimas, o suspeito não tem vergonha ou medo de ser punido.
O suspeito, de acordo com registros na internet, frequenta o mesmo ciclo social das vítimas. Ele negociava ingressos falsos do festival por R$ 400 e enviou o mesmo arquivo adulterado para todas as vítimas.
A desconfiança sobre o golpe se deu porque Renan enviou um ingresso de má qualidade para as vítimas – todas receberam o mesmo arquivo.
“Ele continua postando no Instagram, fotos relaxando, bebendo cerveja, tudo com o nosso dinheiro. As vítimas do golpe continuam seguindo ele no Instagram. Ele não excluiu ninguém. As vítimas podem ver ele vivendo uma vida normal com o dinheiro delas. Ele está viajando e gastando o nosso dinheiro”, disse Julia Kastrup, uma das vítimas.
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Renan Feitosa é suspeito de aplicar golpes em grupo de cariocas
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Julia disse que Renan era muito confiável no início do contato pelas redes sociais.
“Ele falou que poderia estornar o valor se eu não quisesse mais o ingresso. Ele se mostrava confiável: tinha foto com vários amigos meus nas redes sociais, passava uma confiança, parecia ser uma pessoa ativa nas redes sociais e não tinha cara de golpe”, contou.
Ela disse que fez a transferência do dinheiro e estranhou a imagem do ingresso.
“Como ele me passou confiança, eu fiz o pix para ele. Ele me mandou o PDF do ingresso na hora, mas a imagem estava ‘pixelada’ e bem diferente do ingresso da minha irmã. Achei estranho e perguntei para ele por que estava sem qualidade e com o nome de outra pessoa que não era o dele. Ele disse que era do primo dele”, completou.
Suspeito chama vítima de cara-de-pau após bloqueio
O redator Mateus Alcântara, de 26 anos, disse ao g1 que ficou desconfiado do golpe ao perceber uma certa “enrolação” de Renan para devolver o dinheiro depositado.
“Ele me mandou o ingresso e falou que estava um pouco ilegível. Eu fiquei muito com o pé atrás. Eu pedi o login e senha dele da plataforma que vendia o ingresso e ele ficava enrolando para me mandar. Eu pedi o dinheiro de volta e ele falou que ‘tudo bem’. Como ele não me devolveu o dinheiro, eu contestei o pix no mesmo dia que fiz a transferência. Ele me chamou de cara-de-pau porque o valor foi bloqueado na conta dele”, contou.
Para tentar convencer as vítimas de que era uma pessoa de confiança, o suspeito enviou fotos do próprio documento de identidade. O arquivo foi salvo por Mateus e será usado para ajudar os investigadores na apuração da polícia.
“Ele me mandou os documentos dele para provar que não era golpista e eu consegui salvar. Ele apagou os documentos dele e me tirou das redes sociais. Eu ainda tenho o contato dele do WhatsApp”, disse.
Vítima descobre ‘golpes’
As vítimas entraram em contato com conhecidos de Renan e souberam que ele estaria aplicando golpes há algum tempo.
“Eu fui atrás de pessoas que conheciam ele e comecei a ver um mar de golpes que esse menino estava dando. Umas amigas me falaram que ele estava estranho e distante da galera. Descobri que ele é uma pessoa que está dando golpes há algum tempo. Teve um menino que já levou golpe comprando ingresso para o show do Coldplay”, afirmou Julia.
As vítimas registraram o golpe na Polícia Civil, que abriu uma investigação. Procurada pelo g1, a polícia afirmou que “as investigações estão em andamento e agentes realizam diligências para apurar os fatos”.
Vítimas receberam o mesmo ingresso falso do suspeito
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