Casal de Rio Claro adota 3 irmãos e realiza sonho de ter filhos: ‘Hoje a minha casa tem vida’

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Nesta quinta-feira (25), é comemorado o Dia Nacional da Adoção; g1 conta a trajetória de amor, luta e esperança de Fabiano Araújo da Silva e Marianni Vieira Arruda da Silva. Casal de Rio Claro adota três filhos e realiza sonho de serem pais: “Hoje a minha casa tem vida”
Vitor Diagonel/EPTV
Nos dicionários, o termo adoção significa ‘aceitar legalmente uma criança como filho’. Mas, para um casal de Rio Claro (SP), a chegada de três irmãos foi a realização do sonho de aumentar a família que há nove meses está completa.
Nesta quinta-feira (25), é comemorado o Dia Nacional da Adoção, e o g1 conta a trajetória de amor, luta e esperança de Fabiano Araújo da Silva e Marianni Vieira Arruda da Silva.
Em menos de um mês, eles se tornaram pais de Ana Clara, de 8 anos, Davi, de 6, e João Pedro, de 3. “Hoje, a casa tem mais vida”, disse Marianni.
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Casal de Rio Claro decide por adoção e fica apenas duas horas na fila
O tempo na fila de adoção pode demorar bastante e alguns casais esperam por até dois anos. Mas o casal de Rio Claro teve a resposta que eles tanto esperavam em cerca de apenas duas horas.
“Foi tudo muito rápido, nós ficamos até perdidos. Nunca ouvimos falar de uma história assim. A gente imaginava que seria rápido, mas que levasse pelo menos uns seis meses, um ano de espera”, contou Daniel.
Casal de Rio Claro adota três filhos e realiza sonho de serem pais: “Hoje a minha casa tem vida”
Vitor Diagonel/EPTV
Juntos desde 2019, o casal compartilhava cada vez mais a vontade de ter filhos. A cada situação, os futuros papais já planejavam até mesmo os nomes dos bebês. Para eles, a realização desse sonho era algo muito aguardado.
“A gente sempre conversou sobre filhos, nomes que a gente daria. Cada situação que acontecia na nossa vida era uma espera, algo muito aguardado e sonhado”, disse Marianni.
Casal de Rio Claro adota três filhos e realiza sonho de serem pais: “Hoje a minha casa tem vida”
Vitor Diagonel/EPTV
Mas apesar do desejo do casal e das tentativas de Marianni engravidar, o sonho não se concretizava. Ela passou por diversos médicos ginecologistas até descobrir uma endometriose profunda. Para ela, foi uma fase de muitos questionamentos, dúvidas e medo.
” A gente via o nosso sonho de ter filhos descendo por água abaixo. A gente deixava de ir a encontros por causa das crianças, não íamos nem à chá de bebê”, relembrou Marianni.
Para eles, a ideia da adoção ainda era algo distante. Segundo Silva, adotar alguém ainda não ‘tocava’ o coração dele.
“Por conta de questões familiares, eu fui criado para não adotar, tive alguns ensinamentos. Minha visão de adoção não tocava o meu coração”, disse Silva.
Com o passar do tempo, a vontade de ter filhos só crescia entre eles. Apesar de Marianni não engravidar, isso ainda não era motivo para eles não se tornarem pais. Foi quando o casal decidiu pela adoção, mas não pensava que fosse aumentar tão rapidamente.
Apoio e troca de experiências
Durante todo o processo, a Organização Não-Governamental (ONG) Adote, que existe há 30 anos na cidade, auxiliou o casal. O grupo faz palestras e reuniões para ajudar aqueles que querem aumentar a família.
Segundo a presidente do Grupo Adote, Daniele Romero De Nadai, a organização trabalha o emocional dos futuros pais para que, mais para frente, eles não tenham problemas de perder a criança.
“Nós trabalhamos o emocional daqueles que pretendem adotar, até o momento em que eles têm a criança nos braços. Demora um pouco, mas é tudo por uma questão de segurança, tanto da criança, como do casal. Isso garante que não haja problemas lá na frente”, disse Daniele.
Presidente do Grupo Adote, Daniele Romero De Nadai
Vitor Diagonel/EPTV
O grupo também ajuda aqueles que adotam no período pós-adoção, quando há mais desafios a serem enfrentados. Os casais se reúnem na terceira sexta–feira de cada mês.
“A sociedade é muito preconceituosa, infelizmente, com crianças que não são biológicas, que não são da barriga. Há muito preconceito na escola, no dia-a-dia. Então, a gente trabalha isso. O grupo orienta, conversa e troca experiências”, contou Daniele.
Família completa
Casal de Rio Claro adota três filhos e realiza sonho de serem pais: “Hoje a minha casa tem vida”
Vitor Diagonel/EPTV
A felicidade, que já era grande, ficou ainda maior quando, no fim de abril deste ano, o casal conquistou a guarda definitiva das crianças. “Agora, eles têm o nosso sobrenome”, disse Marianni.
“Hoje a casa tem vida. A gente vê coisa fora do lugar, chão rabiscado de giz. Eu olho e penso que aquilo é vida. Cada um do seu jeito, na sua idade, com a sua necessidade. Mas o amor, ele cabe para os três. Valeu a pena e eu faria tudo de novo”, completou a mamãe.
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