SC tem 2 regiões com leitos de UTI para adultos e recém-nascidos lotados

Duas regiões de Santa Catarina estão com todos os leitos de UTI adulto lotados na rede pública. A situação também é preocupante em outras quatro regiões, onde a taxa de ocupação está acima de 95%. Neste sábado (23), havia 46 unidades disponíveis pelo Estado para esse tipo de leito.

Duas regiões de SC estão com todos os leitos de UTI adulto ocupados  – Foto: Ricardo Wolffenbuttel / Secom/ Arquivo / ND

No total, a rede pública catarinense possui 881 leitos ativos de UTI adulto. Porém, desse total, 835 já estão ocupados – o que representa uma taxa geral de ocupação de 94,78%.

Os dados constam no Painel Leitos de UTI SUS, atualizado neste sábado (23), às 11h, pelo governo estadual. Apesar da atualização diária, os números não são exatos, como explica a SES (Secretaria de Estado de Saúde), em comunicado no painel.

“Os indicadores de taxa de ocupação é virtualmente inferior a taxa de ocupação real devido à rotatividade de pacientes e aos horários de atualização do painel. Quando liberado, um leito constará temporariamente como disponível mesmo que já esteja reservado a algum paciente”, explica o anúncio.

Lotação preocupa duas regiões de SC

As regiões do Oeste catarinense e do Foz do Rio Itajaí não tinham leitos de UTI adulto, via SUS (Sistema Único de Saúde), neste sábado. Já o Vale do Itajaí (99,39%); Grande Florianópolis (98,59%), Planalto Norte e Nordeste (97,45%) e Meio Oeste e Serra catarinense (95,42%) também apresentavam um cenário preocupante, chegando próximo da ocupação total dos leitos.

A situação mais tranquila é da região Sul, onde a taxa de ocupação dos leitos de UTI adulto é de 76,3% – com 32 leitos disponíveis nos hospitais da região.

Os outros leitos vagos estão distribuídos nas regiões do Meio Oeste e Serra catarinense, com seis leitos; Planalto Norte e Nordeste, com cinco vagas; Grande Florianópolis com dois leitos; e Vale do Itajaí com um leito disponível.

Taxa de ocupação dos leitos de UTI Adulto em SC – Foto: SES/Divulgação/ND

Regiões de SC não têm leitos de UTI neonatal

Três regiões catarinense também atingiram 100% de ocupação nos leitos de UTI neonatal. São elas: Oeste; Meio Oeste e Serra catarinense; e Foz do Rio Itajaí.

Do total dos 255 leitos de UTI neonatal ativos, apenas 35 estão disponíveis. Com isso, a taxa de ocupação no Estado é de 86,27% para esse tipo de leito.

Em relação à ocupação por região, outras três apresentam índice alto, com mais de 85% das vagas ocupadas – é o caso do Planalto Norte e Nordeste, aonde 97,67% dos leitos de UTI neonatal estão ocupados e há apenas uma vaga disponível.

Na sequência, aparecem as regiões da Grande Florianópolis e Vale do Itajaí, com 85,19% das vagas ocupadas – em cada uma das regiões há oito leitos de UTI neonatal. O menor índice de ocupação (59,09%) é do Sul catarinense, que possui ainda 18 vagas disponíveis.

Três regiões de SC estão com 100% de ocupação nos leitos de UTI Neonatal – Foto: SES/Divulgação/ND

Leitos de UTI pediátricos 100% lotados em 2 regiões

Além dos leitos de UTI adulto e neonatal, os leitos de UTI pediátricos em Santa Catarina apresentam lotação total em duas regiões: Meio Oeste e Serra catarinense e na Grande Florianópolis. Nas duas localidade, não há mais vagas.

No entanto, diferente do cenário dos leitos adultos, a taxa de ocupação geral dos leitos neonatal é menor. Dos 155 leitos ativos, 32 estão disponíveis no Estado – o que representa uma taxa de ocupação de 79,35%.

Entre as regiões, além das duas que já estão sem leitos, a do Planalto Norte e Nordeste é que a presenta a taxa de ocupação mais alta, com 97,37%, seguida pelo Oeste, com 80%.

Já a melhor situação é do Vale do Itajaí, com apenas 48,39% dos leitos ocupados, seguida da região Sul (60,87% dos leitos ocupados)  e do Foz do Rio Itajaí (taxa de ocupação de 76,19%).

Taxa de ocupação por região dos leitos de UTI Pediátrico – Foto: SES/Divulgação/ND

Não há uma doença específica gerando internações na UTI, diz SES

Conforme a SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio de nota, não há uma causa específica para a alta taxa de ocupação dos leitos de UTI. “Os pacientes internados possuem diferentes patologias, além disso são oriundos principalmente da porta de urgência e emergência, da traumatologia e da cardiologia”, explica a Pasta.

A Secretaria de Saúde reforça que o sistema hospitalar público funciona em rede. “Quando não há vaga em um hospital, busca-se leito, via regulação, em outros hospitais, primeiro na região e depois fora dela”.

A pasta também destacou que o governo do Estado tem investido de forma permanente na saúde, sendo que no ano passado foram abertos 150 leitos de UTI pelas regiões -dos quais 41 são pediátricos, 53 neonatais e 52 adultos. “O objetivo é chegar aos 170, garantindo o atendimento pleno aos pacientes graves”, projeta.

Em números totais, segundo o Painel de Leitos de UTI, neste sábado o Estado contava com 113 leitos de UTI disponíveis – sendo 46 adultos, 35 neonatal e 32 pediátricos. “Vale ressaltar que esses números estão sujeitos a variações constantes”, complementa a secretaria.