Hamas diz que não há avanço em conversa com Israel, mesmo com “flexibilidade” do grupo

Um representante do Hamas, Osama Hamdan, disse nesta quinta-feira (4) que não houve progresso nas negociações de cessar-fogo em Gaza, apesar do grupo palestino mostrar flexibilidade.

Hamdan disse que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, estava colocando obstáculos que impediam ambas as partes de chegar a um acordo, e que ele “não está interessado” em libertar reféns israelenses.

“O governo de ocupação ainda está fugindo e as negociações estão presas em um círculo vicioso”, disse Hamdan em uma coletiva de imprensa realizada em Beirute.

Os esforços do Egito e do Catar, apoiados pelos Estados Unidos, até agora não levaram a um cessar-fogo.

Enquanto o Hamas quer qualquer acordo de cessar-fogo para garantir o fim da ofensiva militar israelense, Israel prefere um acordo de libertação de prisioneiros por reféns, recusando-se a se comprometer a encerrar sua campanha militar.

Em Gaza, o bombardeio israelense continuou a atingir áreas em todo o enclave palestino, matando 62 pessoas nas últimas 24 horas, disse o Ministério da Saúde do território.

Os militares israelenses libertaram 101 palestinos que haviam sido detidos pelas forças durante a ofensiva terrestre nas últimas semanas e meses. Os detidos, muitos dos quais se queixaram de maus-tratos em prisões israelenses, foram libertados através da travessia israelense Kerem Shalom para o sul da Faixa de Gaza.

Mais de 33.037 palestinos foram mortos e 75.668 ficaram feridos na ofensiva militar de Israel em Gaza desde outubro de 2017, disse o Ministério da Saúde de Gaza em um comunicado nesta quinta-feira (4).

O bombardeio de Israel e a invasão de Gaza seguiram-se ao ataque liderado pelo Hamas, que matou cerca de 1.200 israelenses e estrangeiros, com mais de 250 sequestrados em Gaza como reféns, de acordo com cálculos israelenses.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Hamas diz que não há avanço em conversa com Israel, mesmo com “flexibilidade” do grupo no site CNN Brasil.

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