PT tenta obstruir votação de reajuste salarial dos policiais na Alesp

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São Paulo – Partido de oposição ao governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o PT traçou uma estratégia para tentar adiar novamente a votação do reajuste salarial para as polícias, proposta enviada pelo governador à Casa, iniciada no fim da tarde desta quarta-feira (17/5).

O presidente André do Prado (PL) convocou duas sessões extraordinárias para a votação. Cada sessão tem duração de duas horas e meia e, após o último horário, não é possível convocar mais nenhuma sessão extra para o mesmo dia.

A estratégia do PT, conforme deputados ouvidos pelo Metrópoles, é a de inscrever o máximo possível de parlamentares para discursar no plenário – desta forma, disseram, conseguem utilizar todo o tempo das sessões com as falas e, assim, impedir que a votação seja realizada ainda nesta quarta.

Cada deputado inscrito tem o direito de discursar por até 15 minutos. Nos cálculos feitos pelo PT, serão necessários 20 deputados discursando para esgotar o tempo antes que a votação se inicie. Só a federação formada pelo PT com o PCdoB tem 19 deputados. Já a federação formada por PSol e Rede, que também faz oposição ao governo estadual, conta com seis parlamentares.

Ontem, o projeto já havia sido aprovado pelo congresso de comissões. No entanto, ao chegar ao plenário da casa, em sessão iniciada às 22h, os deputados do PT conseguiram adiar a votação após apresentarem mais quatro emendas para serem apreciadas no projeto – forçando o retorno dele às comissões.

Por que oposição quer travar a pauta?

O projeto foi aprovado pelo congresso de comissões nesta quarta-feira (17/5) sem que nenhuma emenda fosse acatada pelo relator, o deputado Carlos Cezar (PL), líder da bancada do PL na Casa. O veto às emendas, uma das exigências do governo, também atingiu uma emenda apresentada pelo deputado Major Mecca (PL), membro da bancada da bala e aliado de Tarcísio.

A oposição tem criticado a falta de emendas no texto final e quer adiar a votação das polícias sob o argumento de que o reajuste só seria realizado em agosto, o que permitiria aos deputados discutir o projeto de lei por mais tempo e chegar a um consenso por um reajuste linear.

Diferentes categorias reclamaram dos percentuais apresentados pelo governo no PL 75/2023, que deixou de lado os agentes penais.

Os valores desgastaram a relação entre o governo e a bancada da bala, que foi duramente cobrada por policiais, em protesto feito na Alesp na semana passada. Tarcísio, em reunião com os parlamentares da bancada na segunda-feira (15/5), admitiu ter falhado na articulação do PL e se comprometeu a entregar outra proposta com subsídios para os policiais caso o projeto de lei seja aprovado sem alterações na Casa.

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