Hacker que ostentava luxo na web e agrediu namoradas é ‘complicado’, diz delegado

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Matheus Martins Marques, de Santos (SP), é acusado de integrar uma quadrilha que invadia sistema de bancos e desviava milhões de reais. Hacker procurado por desviar milhões de reais em golpes bancários tem histórico de violência doméstica em Santos, SP
Reprodução
O hacker Matheus Martins Marques de Santos, no litoral de São Paulo, que é procurado por realizar desvios milionários em bancos nacionais e estrangeiros e tem histórico de violência doméstica apresenta um ‘comportamento complicado’, segundo o delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Fabiano Fonseca Barbeiro.
De acordo com Barbeiro, apesar do comportamento agressivo com a companheira e uma ex-namorada, nunca houve uma ordem de prisão contra Matheus. Contra ele existem só boletins de ocorrências e ordens de restrições após ter se mostrado agressivo com as vítimas.
O delegado afirmou que o mandado de prisão foi decretado pela Justiça do Distrito Federal (DF) pela participação do santista em uma quadrilha que invade o sistema de bancos nacionais e estrangeiros, baseado em provas colhidas em celulares e computadores dele, que foram encaminhados para o DF após serem apreendidos pela Polícia Civil do Estado de São Paulo em endereços de Santos.
Ainda de acordo com o delegado do Deic, os mandados de apreensão foram cumpridos na casa do hacker e da mãe dele. Barbeiro informou que a equipe policial da Baixada Santista voltou a atuar em conjunto com a polícia do DF em maio, com objetivo de cumprir o mandado de prisão.
Os policiais estiveram em cinco endereços ligados ao jovem: dois em Santos, dois em São Vicente e um em Praia Grande. No entanto, ele foi localizado em nenhum dos locais.
Esquema
Segundo apurado pelo g1, o grupo em que o hacker está envolvido realizava chantagens após tentativa de ataque de ransomware [dispositivo que pode bloquear o computador] contra instituição bancária de Brasília e, depois, exigia um resgate em dinheiro para desbloqueá-lo.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, os suspeitos pediam cerca de 50 bitcoins, o equivalente a quase R$ 7 milhões para não repassar informações de clientes das instituições financeiras.
Ainda de acordo com a polícia, os criminosos serão indiciados pela prática dos crimes extorsão, com pena de quatro a dez anos; invasão de dispositivo informativo, com pena de 1 a 4 anos e associação criminosa, com pena de 1 a 3 anos.
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