Bolsonaro espera blindagem e que Cid ‘mate no peito’ responsabilidade no caso dos cartões de vacina

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Ex-assessor depõe nesta quinta-feira (18) no inquérito que investiga se houve emissão fraudulenta de comprovantes de imunização contra a Covid, inclusive para o ex-presidente; Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
O entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o blog revelou, tem monitorado de perto os humores do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, que depõe nesta quinta-feira (18) à Polícia Federal.
Segundo auxiliares de Bolsonaro, a expectativa do ex-presidente é de que Cid “mate no peito” que teve problemas com a carteira de vacinação, que cometeu irregularidades, mas que apresente sua justificativa sem envolver o ex-presidente. 
Ou seja, querem que ele confesse suas eventuais ilicitudes cometidas blindando o ex-chefe de qualquer ordem ou comando. Também é esperado que Cid admita sua relação com Ailton, o ex-militar que aparece em áudios discutindo uma proposta de golpe de estado.
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Um advogado de Bolsonaro se irritou com a estratégia de defesa de Cid, pois, na sua avaliação, a nova defesa poderia ter pedido o adiamento do depoimento já que terminou a perícia do celular de Cid na quarta-feira, conforme revelado pelo blog.
O argumento seria dizer que, como ainda não tiveram acesso aos autos, é preciso mais tempo antes do novo depoimento.
“Quando está vindo um tsunami você faz o que? Você rema para trás”, ironiza um ex-ministro de Bolsonaro. 
Generais solidários a Cid
Na última quarta, em sessão da comissão na Câmara, o comandante do Exército Tomas Paiva foi questionado por Eduardo Bolsonaro sobre a prisão de Cid. Paiva defendeu a legalidade da prisão, disse que não comentava decisão da Justiça e atiçou a ira de generais bolsonaristas solidários ao pai do major Cid, o general Cid.
Como o blog já publicou, Paiva tem sido alvo em grupos de WhatsApp de generais da reserva alinhados a Bolsonaro, pois acreditam que ele deveria ter atuado contra a prisão de Cid.
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