Dólar abre em alta, após aprovação de urgência do novo arcabouço fiscal

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Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,20%, cotada a R$ 4,9339. Cédulas de dólar
John Guccione/Pexels
O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (18), após a aprovação do pedido de urgência para a votação do novo arcabouço fiscal pela Câmara dos Deputados. A medida permite que o projeto seja votado diretamente no plenário e a previsão é que isso ocorra já na próxima semana.
No exterior, o destaque ainda é a renegociação do teto da dívida dos Estados Unidos. Investidores estrangeiros estão otimistas em relação às negociações entre o presidente Joe Biden (democrata) e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy (republicano), que devem chegar a um acordo para elevar o teto da dívida em breve.
Às 09h10, a moeda norte-americana subia 0,38%, cotada a R$ 4,9581. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar teve queda de 0,20%, aos R$ 4,9339. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
Alta de 0,21% na semana;
Quedas de 1,07% no mês e de 6,52% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Na fim da tarde de ontem, a Câmara dos Deputados aprovou o pedido de urgência para a tramitação do projeto que institui o novo arcabouço fiscal por 367 votos a favor e 102 contra.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que o texto será votado na semana que vem e os mercados seguem na expectativa por isso.
O projeto substitui a atual regra do teto de gastos, que limita o aumento dos gastos da União com base na inflação do ano anterior.
A proposta do novo arcabouço, apresentada pelo relator Claúdio Cajado, atrela esse aumento dos gastos ao crescimento da receita do governo, mas possui gatilhos e sanções para caso de não cumprimento de metas fiscais. O texto prevê que:
seja feita a avaliação bimestral de receitas e despesas;
o crescimento dos gastos públicos fica limitado a 70% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta seja cumprida (exemplo: se a arrecadação subir 2%, a despesa poderá aumentar até 1,4%);
o crescimento dos gastos públicos fica limitado a 50% do crescimento da arrecadação do governo, caso a meta não seja cumprida (exemplo: se a arrecadação subir 2%, a despesa poderá aumentar até 1%);
mesmo que arrecadação do governo cresça muito, será necessário respeitar um intervalo fixo no crescimento real dos gastos, variando entre 0,6% e 2,5%, desconsiderando a inflação do período.
Nos mercados globais, o destaque segue sendo a renegociação do teto da dívida norte-americana. O governo quer aumentar o teto para que consiga arcar com suas despesas, inclusive as ordinárias, como o pagamento de salários aos servidores públicos federais.
Houve certo impasse nas negociações entre os partidos políticos. Os democratas, do presidente Joe Biden, são a favor do aumento, enquanto parte dos republicanos se posiciona contrariamente.
As expectativas, no entanto, se tornaram mais positivas após conversas de Biden com o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, para acertar um acordo.
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