Feiras com produtos artesanais se tornam boa alternativa de renda para pequenos empreendedores

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O Brasil tem cerca de 8,5 milhões de artesãos – a maioria mulheres. A produção feita por essas pessoas movimenta R$ 100 bilhões por ano e sustenta muitas famílias.
Feiras de artesanato se espalham por São Paulo e viram alternativa para empreendedores
As feirinhas com produtos artesanais se espalharam pela maior cidade do país e se tornaram uma alternativa de renda para pequenos empreendedores.
É uma das formas mais antigas de comércio: barracas ao ar livre e mercadorias no balcão. Mas na era das grandes marcas e do comércio digital, essa relação olho no olho da feira passou a ser uma opção diferente.
Não tem venda sem antes uma boa conversa. Quem está na barraca, normalmente, é quem produz. E quem compra, quer saber tudo: como foi feito, com quais materiais, se dá para fazer algo exclusivo por encomenda. Esse diferencial, que só os pequenos negócios têm, vem conquistando muitos consumidores.
“Você sabe o que você está comprando, quem está fazendo. Parece que você fica até com mais vontade de comprar”, diz a nutricionista Márcia Regina de Moraes.
Feiras criativas como a da Zona Sul de São Paulo, têm atraído empreendedores como a artesã Mônica Carsou. Economista de formação, ela perdeu o emprego durante a pandemia e encontrou em um antigo passatempo uma oportunidade de negócio.
“Eu tinha uma máquina parada há muito tempo. Eu gostava muito de costurar e aí eu peguei o cartão do meu marido, comprei os produtos para fazer [bonecas]. E aí eu fiz algumas”, conta.
As bonequinhas fizeram mais sucesso do que ela imaginava.
“Hoje, eu ganho muito mais do que eu ganhava na área industrial. Hoje eu ganho muito mais. Eu consigo pagar minha casa, a escola da minha filha”, comemora Mônica Carsou.
O Brasil tem cerca de 8,5 milhões de artesãos – a maioria mulheres. A produção feita por essas pessoas movimenta R$ 100 bilhões por ano e sustenta milhares de famílias.
Foi no artesanato que a artesã Teruko Kato encontrou apoio para superar um relacionamento abusivo e conseguir a independência financeira. Sem falar no prazer que ela tem em mostrar os sapatinhos de bebê que faz.
“É uma renda que eu tiro aqui de onde eu sustento uma casa com duas filhas. Aqui, eu mesma faço, eu mesma vendo, e a gente conhece o público. Eles respeitam o trabalho de um artesão. Então é uma feira que atrai um público muito bacana. Eu adoro”, afirma.
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