Médico denuncia homofobia de paciente em hospital na Bahia: ‘Disse que odiava ser atendida por homossexual’

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Caso aconteceu em Feira de Santana e foi confirmado pela direção do hospital, que manifestou apoio ao trabalhador. Em protesto, colega médico atendeu paciente usando peruca e maquiagem. Hospital da Mulher, em feira de Santana
Jorge Magalhães
Um médico do Hospital da Mulher de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, denuncia ter sido vítima de homofobia na unidade, no domingo (4). Após uma consulta, uma paciente teria dito que “odiava ser atendida por homossexual”. O hospital confirmou a situação e manifestou apoio ao profissional.
O médico, identificado como Phelipe Balbi Martins, é ginecologista. Ele usou as redes sociais para explicar o caso. Ele contou que a paciente foi direcionada para outro médico, para que o atendimento fosse finalizado. Em protesto com a situação ocorrida com o colega, o médico Carlos Vinícius decidiu atender a mulher de peruca e batom.
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“Agradeço ao meu amigo Dr. Carlos Vinícius Costa Lino pelo atendimento de peruca e batom para enfatizar que independente da orientação sexual o atendimento realizado é o mesmo”, disse a vítima.
Carlos Vinícius, que também é ator, gravou um vídeo onde aparece maquiado logo antes de finalizar o atendimento da paciente. Ele considerou a situação de homofobia como “constrangedora”.
“Vivendo e vendo situações constrangedoras onde a gente menos imagina. Todos nós sabemos que homofobia é crime, imagine desacatar um profissional que está exercendo seu trabalho de forma digna e humana”, desabafou.
A paciente foi atendida pelo médico com os adereços e, após a consulta, ele teria contado que ela estava disposta a pedir desculpas pela atitude homofóbica que teve com o outro funcionário da unidade de saúde. Não foi informado se houve alguma retratação por parte da mulher.
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O médico vítima de homofobia contou que, após registrar queixa na delegacia da cidade e na ouvidora do hospital, retornou para o plantão e trabalhou normalmente.
“A luta é diária! Denunciem todo tipo de preconceito e violência. E contem comigo para denunciar também”, escreveu na publicação.
Já o hospital publicou uma nota de repúdio em uma rede social e disse não tolerar preconceitos na unidade de saúde. O g1 procurou a Polícia Civil e aguarda um posicionamento sobre a ocorrência.
Fundação hospitalar de feira de Santana publicou nota de repúdio
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