Polícia investiga vazamento de gabaritos antes da realização de concurso público no Leste de MG

Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Caratinga, Ipanema, Pocrane e Piedade de Caratinga, em imóveis de suspeitos de participarem da suposta fraude. Candidatos suspeitos teriam alcançado o mesmo número de pontos e errado exatamente a mesma questão da prova da prefeitura de Piedade de Caratinga. Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta segunda-feira (5), durante uma operação da Polícia Civil, denominada Effluo, que investiga o vazamento de gabaritos antes da realização do concurso da prefeitura de Piedade de Caratinga, no Leste de Minas.
Computadores, celulares e documentos que podem conter informações sobre o suposto esquema de fraude foram apreendidos em Caratinga, Ipanema, Pocrane e Piedade de Caratinga.
De acordo com PC, dois dias antes da prova, aplicada no dia 28 de maio, o Ministério Público recebeu um vídeo apontando que haveria fraude no concurso. Diante desta informação, foi promovida uma reunião entre o MP, Polícia Civil e representantes da administração municipal para intensificar a fiscalização durante a aplicação das provas.
Cinco dias depois da realização do exame, um e-mail anônimo forneceu detalhes sobre o vazamento, apresentando os gabaritos, com data anterior à aplicação da prova, para os cargos de advogado do Centro de Referência em Assistência Social (Cras), dentista protesista e enfermeira especialista em estomaterapia.
“Em análise ao site oficial da banca organizadora do concurso, apurou-se que as provas não foram divulgadas, o que se conclui, incontestavelmente, que houve vazamento das provas e gabaritos antes do dia da realização das provas”, detalhou a Polícia Civil ao divulgar a operação.
Ainda segundo apurou a investigação, nos três cargos mencionados tiveram candidatos que obtiveram o mesmo número de pontos e erraram exatamente a mesma questão. Reforçando ainda mais a suspeita da fraude.
Os envolvidos foram intimidados para prestar depoimento. Além da fraude no vazamento das provas, também é investigada uma “eventual fraude no processo licitatório para contratação da banca examinadora”.
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