Presidente colombiano apaga post e diz que buscas por crianças continuam

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Bogotá – O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, voltou atrás nesta quinta-feira (18), depois de anunciar, via Twitter, o resgate e o salvamento de quatro crianças indígenas — entre elas um bebê de 11 meses — que estavam dentro de uma aeronave de pequeno porte que se acidentou.

(Foto: Reprodução/Twitter/@petrogustavo)

As crianças estavam a bordo de um Cessna 206, que foi localizado no meio da floresta amazônica, dentro do território colombiano, com três corpos de adultos. Petro apagou o tuíte anterior e postou outra mensagem na rede social, em que lamentou o erro e avisou que as buscas pelas equipes de resgate persistem dentro da mata densa.

“Decidi excluir o tuíte porque as informações fornecidas pelo ICBF [Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar] não puderam ser confirmadas. Sinto muito pelo que aconteceu. As Forças Armadas e as comunidades indígenas continuarão em sua busca incansável para dar ao país a notícia que tanto espera”, começou.

Em seguida, o presidente da Colômbia prosseguiu: “Neste momento não há outra prioridade senão avançar com a busca até encontrá-los. A vida das crianças é o mais importante”.

As quatro crianças permanecem desaparecidas na mata amazônica depois que o avião em que estavam caiu no dia 1º de maio na província de Caquetá. Mais de cem soldados com cães farejadores seguem o rastro das crianças e caminham pela selva, perto de onde a aeronave foi encontrada com a parte da frente destruída.

Queda de avião e sobreviventes

Nesta quarta-feira (17), o presidente colombiano postou, no Twitter, que as quatro crianças indígenas, desaparecidas há 17 dias na Amazônia colombiana, foram localizadas com vida na última quarta-feira (17) por socorristas do Exército do país. Isso, porém, ainda não aconteceu.

Publicação feita ontem pelo presidente (Foto: Reprodução/Twitter)

Os socorristas já localizou vestígios como frutos silvestres mastigados, além de uma tesoura e outros itens pessoais. As três crianças de 13, 9 e 4 anos e um bebê de 11 meses estavam a bordo do pequeno avião que teria sofrido uma falha mecânica antes da queda.

Os soldados encontraram um “abrigo construído de maneira improvisada com gravetos e galhos”, o que aumenta a suspeita de ao menos um sobrevivente.O piloto relatou problemas no motor da aeronave minutos antes do acidente, de acordo com o órgão oficial de atendimento a desastres.

Até agora, as autoridades locais confirmam três mortos, inclusive o piloto da aeronave e a mãe das quatro crianças da etnia huitoto.

Operação de resgate

As árvores gigantescas de até 40 metros, animais selvagens e fortes chuvas dificultam as buscas. A Força Aérea se somou à chamada “Operação Esperança”, com três helicópteros que sobrevoam a mata densa.

Um deles leva um alto-falante “capaz de cobrir uma área de cerca de 1.500 metros” com uma mensagem gravada pela avó dos menores. Em língua huitoto, a mulher diz a seus netos que eram procurados e pedia-lhes que não avançarem pela mata.

As autoridades não informaram as razões do voo da família de indígenas. Nesta região de difícil acesso por rio e sem estradas, os moradores costumam viajar em voos privados.

Segundo a Onic (Organização Indígena da Colômbia), os huitoto vivem em “harmonia” com as condições hostis da Amazônia e conservam tradições como a caça, a pesca e a colheita de frutos silvestres.

 

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