Preso pela PF também planejava golpe de Estado, diz Moraes

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Inquérito do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes afirma que o ex-candidato a deputado estadual Ailton Barros (PL-RJ), um dos presos nesta 4ª feira (3.mai.2023) na operação da PF (Polícia Federal) que apura um esquema de fraude em dados de vacinação contra a covid, também se envolveu em uma tentativa um golpe de Estado.

Além de Barros, pessoas ainda não identificadas também estariam envolvidas “em tratativas para execução de um Golpe de Estado”. (leia abaixo). Eis a íntegra do documento (522 KB).

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Leia abaixo o que diz o documento 

De acordo com o documento, o militar da reserva Ailton Barros também foi o responsável por pedir para que Marcelo Fernandes de Holanda inserisse os dados vacinais do imunizante contra a covid no cartão da mulher do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o coronel Cid, Gabriela Santiago Cid.

OPERAÇÃO VENIRE

Na manhã desta 4ª feira (3.mai.2023), a PF deflagrou uma operação para apurar um suposto esquema de fraude em dados de vacinação de Bolsonaro e familiares. Ao todo, a corporação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão preventiva, sendo 1 no Rio de Janeiro e 5 na capital federal.

Os agentes realizaram buscas e apreensões na casa de Bolsonaro no Jardim Botânico, em Brasília. O ex-presidente estava na residência no momento das buscas e o celular dele foi apreendido.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso. Além dele, outras 5 pessoas foram detidas. Leia os nomes:

  • policial militar Max Guilherme, segurança de Bolsonaro;
  • militar do Exército Sérgio Cordeiro, segurança de Bolsonaro;
  • sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, assessor de Bolsonaro;
  • secretário municipal de Duque de Caxias (RJ), João Carlos Brecha;
  • ex-major do Exército Ailton Gonçalves Barros.

A operação Venire foi deflagrada no inquérito das milícias digitais que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

Em nota (íntegra – 174 KB), a PF informou que as alterações nos cartões se deram de novembro de 2021 a dezembro de 2022 e tiveram como consequência a “alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários”.

Em resposta, Bolsonaro disse que “não existe” adulteração em seu cartão de vacinação e que nunca pediram a ele comprovante de imunização para “entrar em lugar nenhum”. Disse que sua filha Laura, 12 anos, também não se vacinou contra a covid-19. Segundo ele, só Michelle Bolsonaro tomou o imunizante da Janssen nos Estados Unidos. 

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