Americanas diz que não derrubou site de credores de forma premeditada

Centro de um imbróglio jurídico nos últimos dias, um site que reúne acionistas que se sentiram lesados pela crise na Americanas voltou ao ar nesta quinta-feira (8/6). A página havia sido derrubada por usar o nome da companhia, em movimento que a Americanas reconhece ter sido feito pela empresa.

A Americanas, no entanto, afirma que a derrubada foi feita “equivocadamente” durante processo de busca por sites de fraudes que tentam se passar pela varejista.

Tendo o endereço www.indenizaamericanas.com, o site foi derrubado por usar o nome “Americanas”.

O responsável pela página é o Instituto Ibero-Americano da Empresa, um dos autores do pedido de responsabilização dos controladores da Americanas na Justiça. A instituição acusa suposto abuso de poder de controle em meio às inconsistências contábeis descobertas neste ano na empresa.

Por volta das 12h desta quinta-feira, o site já havia voltado ao ar.

Empresa nega remoção premeditada

Ainda na manhã desta quinta-feira, a Americanas afirmou que havia solicitado a reativação da página.

“A Americanas informa que já solicitou a reativação da página, removida equivocadamente em meio ao processo pró-ativo de rastreamento de páginas maliciosas”, disse a empresa ao Metrópoles, em nota.

“A Americanas nega que a remoção equivocada e pontual da página tenha sido realizada de forma premeditada e com objetivo de prejudicar acionistas ou quaisquer outros stakeholders“, diz a nota da companhia.

A Americanas está em processo de recuperação judicial, com dívida que ultrapassa R$ 50 bilhões. Nas últimas semanas, a empresa busca um acordo com credores para pagamento dos compromissos. Após uma versão do plano de recuperação judicial ter sido rejeitado por detentores de debêntures (títulos da dívida da empresa), novas assembleias devem ser realizadas no fim de junho.

Leia nota da Americanas sobre o caso do indenizaamericanas.com

A Americanas informa que já solicitou a reativação da página, removida equivocadamente em meio ao processo pró-ativo de rastreamento de páginas maliciosas, que simulam as marcas e domínios de seus sites de e-commerce (“phishing”) para ludibriar internautas.

O processo é sistêmico e voltado à proteção de clientes, usuários de internet e da propriedade intelectual da Cia, e pode ser provocado também por denúncias diretas de seus usuários, conforme orientações disponíveis em seu Guia de Segurança (https://www.americanas.com.br/hotsite/guia-de-seguranca?chave=brd_hm_bt_0_footer_guiaseguranca).

A Americanas nega que a remoção equivocada e pontual da página tenha sido realizada de forma premeditada e com objetivo de prejudicar acionistas ou quaisquer outros stakeholders, sendo o respeito em suas interações um dos pilares de sua atuação e estratégia empresarial.

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