Câmara convoca suplente após vereador candidato à reeleição ser preso em operação do Gaeco em Piraju


Câmara convocou o suplente Willian Ribeiro (PODEMOS) para ocupar o cargo interinamente no lugar do vereador Paulinho Policial (PL), preso na sexta-feira (20) em operação do Gaeco. A Câmara de Piraju (SP) convocou o suplente Willian Ribeiro (PODEMOS) para ocupar o cargo interinamente no lugar do vereador Paulinho Policial (PL), preso na sexta-feira (20) em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de envolvimento com tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro.
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O suplente deve apresentar a documentação necessária para que a Mesa Diretora da Câmara assine a posse. Segundo o presidente da Casa, Reginaldo Piruá (REPUBLICANOS), como o mandado de prisão temporária do vereador detido é de 30 dias, o suplente foi convocado para assumir por tempo indeterminado.
Paulinho Policial foi o vereador mais votado em 2020. Ele recebeu 758 votos. Willian Ribeiro foi o 13º, com 340 votos. Na época, ambos eram do DEM. Hoje, se filiaram a novas siglas.
Operação Cama de Gato
Quatro policiais civis, entre eles um vereador, foram presos na sexta-feira (20), durante uma operação do Gaeco em Piraju. Eles são suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro.
O vereador Paulo Rogério Cardoso (PL), conhecido como Paulinho Policial, é candidato à reeleição em Piraju e está entre os presos. Os nomes dos outros policiais não foram divulgados.
Armas, drogas e dinheiro foram apreendidos em operação do Gaeco em Piraju (SP)
MPSP/Divulgação
Durante coletiva de imprensa, o promotor do Gaeco Nelson Aparecido Febraio Júnior explicou como o grupo agia.
“Os policiais identificavam traficantes locais e faziam com que esses traficantes encomendassem drogas de outros traficantes maiores. Quando essa remessa de droga estava para chegar, eles simulavam essa apreensão. Nessa armadilha para que a droga chegasse até eles e eles pudessem desviar essa droga, ninguém era preso. Eles deixavam as pessoas fugirem do local e a droga nunca era apresentada na delegacia de polícia. Essa droga era armazenada entre eles e, posteriormente, entregue a terceiros que estão sendo identificados neste momento.”
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil instaurou um procedimento administrativo contra os policiais envolvidos, que podem perder o cargo na instituição ao fim das apurações.
Operação Cama de Gato mirou policiais que apreendiam drogas e revendiam
Rayssa Toledo/TV TEM
Além do Gaeco, a Polícia Militar e a Polícia Civil participaram da Operação Cama de Gato. Foram cumpridos 12 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, em cidades como Avaré, Piraju e Chavantes, e do Paraná.
Segundo o Gaeco, o esquema teve início em Carlópolis (PR), onde o grupo comprava drogas em grande quantidade e negociava armas de grosso calibre, incluindo fuzis.
A droga era transportada para o estado de São Paulo e as armas eram revendidas para facções criminosas no Rio de Janeiro. Os policiais envolvidos simulavam apreensões, mas desviavam o material para revenda.
A ação resultou na apreensão de R$ 105 mil em dinheiro e carros de luxo. Um dos detidos, em Piraju, chegou a destruir o celular para tentar ocultar sua participação no esquema.
Ainda conforme o Gaeco, a Corregedoria da Polícia Civil prestou apoio na prisão dos policiais, que foram levados ao presídio da corporação. O material apreendido passará por análise.

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