Como um coworking pode se diferenciar e criar um ecossistema

(Foto: Bioma | Reprodução)

Conheça o Bioma

O Bioma é um HUB que reúne marcas e “iniciativas do bem” em busca de restaurar o bem-estar social e ambiental através de alimentação e outras formas de impacto.

A empresa possui um coworking que é um ecossistema de conexões entre marcas, pessoas e iniciativas que buscam combater pressões climáticas e tem a sustentabilidade em seu propósito.

Modelo de negócios

São 4 pilares que compõem o ecossistema Bioma: Acolhe, Informa, Fomenta e Educa.

1. Bioma Food Hub (Acolhe) — Transformando pela alimentação

Coworking para empresas comprometidas com o empreendedorismo de impacto socioambiental.

2. Bioma Comunidade (Conecta) — Transformando pelas conexões

Ações para engajar a conexão da comunidade do Bioma.

3. Bioma Educa (Informa) — Transformando pela educação

O braço de educação foca principalmente em eventos e rodas de conversas que informam e promovem o pensamento crítico, além de ensinar a comunidade sobre inovação e impacto positivo.

4. Bioma Consultoria (Fomenta) — Transformando pelo impacto

Fomentar a regeneração de negócios que buscam se alinhar com a pauta ESG através de consultoria estratégica e de planejamento, projetos e mentorias sob demanda.

Entendidos os pilares, hora de falarmos sobre como o Bioma faz dinheiro…

Atualmente, a monetização vem do aluguel de espaços — salas de coworking, cozinhas, auditório e salas de reunião — em um prédio localizado no coração do Itaim Bibi, em São Paulo.

A empresa oferece diferentes planos de aluguel, que dão acesso à comunidade, eventos, sala própria e outros benefícios.

(Foto: Bioma | Reprodução)

O Hub é focado em construir comunidades e, por isso, não se atenta apenas às demandas das empresas que fazem parte de seu ecossistema, mas também de empresas externas.

• Por conta disso, a empresa também vende serviços para negócios de fora.

Para fechar a parte da monetização… Algo que o Bioma começou a explorar recentemente são os investimentos anjo.A empresa já investiu em alguns bizness, que, futuramente, em eventos de liquidez, podem gerar um bom retorno.

Vale destacar que o Bioma participa apenas de rodadas pontuais de investimento, em empresas totalmente alinhadas com os conceitos de regeneração dos sistemas alimentares.

Como tudo começou

A idealizadora foi a Juliana. Ela fez mestrado com foco em consumo e mudanças climáticas, em Nova York, onde notou que os sistemas alimentares pressionam e impactam a sociedade.

Mas algo a incomodava… Ela escrevia muito sobre sustentabilidade e impacto positivo, em newsletters e outros canais, mas ninguém lia e nem estava interessado nisso.

Isso despertou um desejo nela: Reunir pessoas, marcas e iniciativas que ajudassem a promover uma mudança ainda mais rápida nos sistemas alimentares brasileiros.

Foi aí que surgiu a ideia de se unir com marcas e iniciativas que olhassem para impacto positivo, para construir um ecossistema e comunicar isso com força.

• Em 2020, no início da pandemia, a empresa alugou seu primeiro andar em um prédio localizado na Av. Cidade Jardim.

Logo no começo, eles foram surpreendidos de forma muito positiva, ao receberem um contato da NotCo — unicórnio chileno que usa tecnologia para criar versões plant-based de alimentos de origem animal.

A startup, que trabalhava em um coworking tradicional, encontrou o Bioma e se encantou pela iniciativa. O que motivou a mudança foram os pilares do Bioma e a possibilidade de ter espaços para testes e desenvolvimento de produtos.

Foi aí que a parceria foi consolidada e o Bioma conquistou seu primeiro cliente.

Desde então, o negócio seguiu crescendo e trazendo novas empresas, e, hoje, conta com 3 andares do prédio, 45 empresas e mais de 150 pessoas no ecossistema. Essas são algumas das marcas de lá:

Uma curiosidade interessante é que algumas empresas maiores, como a Native, tem apenas algumas pessoas estratégicas que trabalham no Bioma.

• A ideia é justamente aproveitar as conexões e o ecossistema, enquanto a maior parte do time fica em seu escritório próprio. Esse é o nível que o ambiente do Bioma chegou.

Próximos passos… Além de fomentar seu ecossistema interno, a empresa está de olho para fora e em como expandir sua bandeira da sustentabilidade e seus serviços sem se limitar apenas a quem está em seu espaço.

Recebeu investimentos?

O Bioma não teve investidores. Todo crescimento foi orgânico e com capital próprio.

Quem está por trás desse negócio?

A empresa foi fundada por Juliana Bechara e seu marido, Francisco Parente, que, embora seja sócio, não presta serviço para a empresa.

Juntamente a Juliana, que está à frente do negócio, o time é integrado por Ricardo Sarkis — que atua em estratégias de Growth, comunicação e branding da marca Bioma —, e o time de facilities.

Ao clicar nos nomes, você vai para o LinkedIn deles.

Para aprofundar

Show Your Bizness. Já fizemos um conteúdo da Água na Caixa, cuja sede é no Bioma.

Talk. Juliana no SVWC 2022, com a head de inovação da Nestlé.

Apresentação. Bioma Food Hub e o Futuro do sistema alimentar.

Artigos. Medium do Bioma Food Hub.

Fórum. Participação da Juliana no Virada Sustentável.

Quer trabalhar lá?

Embora o Bioma não esteja com vagas abertas, contatos são sempre bons. Para entrar em contato com eles, é só enviar um e-mail para [email protected].

E o meu bizness?

Se você quer seu bizness analisado por nós, clique aqui.

Essa aqui aprendemos com o pessoal do Bioma…

CURIOSIDADE

(Foto: Canva | Reprodução)

Sustentabilidade x Regeneração. Talvez você nunca tenha ouvido falar na diferença entre essas duas palavras.

O termo “sustentabilidade” vem de “sustentar” — criar coisas para sustentar o dano que certas empresas/iniciativas causam no planeta. A ideia consiste em repor o que matou.

• Sem contar que essa palavra foi um pouco banalizada, nos últimos anos. Qualquer empresa fala que é sustentável.

Já a palavra “regeneração” traz a ideia de regenerar o planeta. Não precisa sustentar, porque os danos não estão sendo feitos. That’s the difference.

Para ficar mais claro… Uma empresa que tem um produto com pegada regenerativa faz bem para o planeta. Isso pode ser feito através de certos tipos de plantio e colheita, por exemplo. Assim, é possível fazer o que já existe viver mais.

Caso essa bandeira faça sentido para o seu negócio, veja se vale se posicionar como regenerativo. Essas marcas podem se diferenciar e ter muito destaque no futuro, por realmente se importarem com questões socioambientais e buscarem fazer a diferença.