Confronto com mortos em Salvador

Dois homens morreram após um confronto com policiais militares na noite de quarta-feira (30), no bairro do Cabula, em Salvador. Um deles foi identificado como o motorista por aplicativo Ademilton Costa Júnior, de 38 anos. A família dele acredita que ele foi obrigado a dirigir para os suspeitos.
A troca de tiros aconteceu na noite de quarta-feira (30). Segundo informações da Polícia Militar, policiais faziam rondas na região, quando foram informados por moradores que homens armados, em um carro, tentavam roubar outros veículos no bairro.
Após as denúncias, os policiais fizeram buscas e encontraram os suspeitos. A Polícia Militar informou que os PMs deram ordem de parada, mas os dois homens fugiram e houve o confronto.
Durante a troca de tiros, de acordo com a PM, os dois suspeitos foram atingidos, socorridos e levados para o Hospital Roberto Santos, mas não resistiram aos ferimentos. Não há informações sobre a identidade do outro homem.
Com eles, foram apreendidos uma submetralhadora 9mm, um revólver calibre 38, munições e uma farda camuflada.
Além disso, após identificação veicular, foi constatado que o carro usado pelos dois homens foi roubado no dia 24 de setembro deste ano.
De acordo com levantamento junto aos setores de inteligência, o automóvel foi usado na tentativa de explosão do cofre de um posto de gasolina na BR-324, na entrada do município de Amélia Rodrigues, a cerca de 100 km de Salvador, no dia 7 de outubro.
Todo o material apreendido foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde a ocorrência foi registrada.
O que diz a família
Segundo a família de Ademilton Costa Júnior, o motorista por aplicativo, que morava na Avenida San Martin, saiu para fazer corridas por volta das 18h. Ele sempre iniciava a rotina de trabalho no início da noite e voltar para casa na manhã do dia seguinte.
Como Ademilton Júnior não retornou na manhã de quinta-feira (31) e não deu mais notícias, os familiares passaram a procura-lo. Um Boletim de Ocorrência (BO) do desaparecimento chegou a ser registrado na Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP), em Itapuã, mas o corpo dele foi encontrado no Instituto Médico Legal (IML) horas depois.
No local, a família do motorista por aplicativo descobriu que ele tinha sido morto durante o confronto com policiais. Eles afirmam que ficaram surpresos com a situação, por que segundo eles, Ademilton Júnior frequentava uma Igreja Adventista e não tem envolvimento com a criminalidade.
Os familiares afirmam que ele atuava como motorista para ajudar nas despesas do casamento, que estava previsto para ser marcado no cartório, nesta sexta-feira (1°). Ele tinha um relacionamento de dez anos e planejava oficializar a união em janeiro de 2025.
O caso é investigado no Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP).
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