ICMBio realiza campanha para castrar todos os gatos de Fernando de Noronha


Ação será promovida de segunda (4) até o dia 13 de novembro. Campanha vai castrar os gatos da ilha
Ana Clara Marinho/TV Globo
Uma campanha gratuita de castração de gatos terá início na segunda-feira (4), em Fernando de Noronha. A iniciativa, que segue até o dia 13 de dezembro, é mais uma etapa do trabalho que tem o objetivo de castrar 100% dos felinos da zona urbana da ilha.
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A atividade vai ser comandada pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio), que estima existir 1.268 gatos em Noronha, desse total cerca de 200 animais estão na área do Parque Nacional Marinho.
Segundo o coordenador de Pesquisa e Manejo do ICMBio, Ricardo Araújo, com ações anteriores, 97% dos gatos urbanos já foram castrados. Ele acredita que é possível atingir a meta do total de animais da zona urbana, mas que o trabalho não é simples.
“Apesar de faltar apenas 3%, cada vez o trabalho fica mais difícil. Muitas vezes, nós não temos indicação dos locais onde estão esses animais que ainda não foram castrados. Por isso, pedimos aos moradores que colaborem e indiquem a localização desses gatos”, disse Ricardo Araújo.
As cirurgias serão realizadas no Núcleo de Vigilância Animal (NVA), localizado na Vila do Trinta. Os moradores podem contribuir na identificação de gatos não foram castrados com informações no WhatsApp (81) 99115.6860.
A equipe recolherá os animais, realizará o procedimento e devolverá os gatos ao local onde foram encontrados.
Araújo informou que a campanha promove o bem-estar animal e reforça o compromisso com a conservação do ecossistema local, com a redução dos riscos de superpopulação e abandono de animais.
Saúde animal
A veterinária do ICMBio Mayara Gomes afirmou que castração auxilia na saúde e no comportamento dos felinos. Além de prevenir doenças do aparelho reprodutivo e infecções, a ação ajuda a diminuir o comportamento territorialista dos gatos, reduz brigas e aumenta a expectativa de vida dos animais.
Os felinos castrados na campanha são identificados com um pequeno corte na ponta de uma das orelhas. Isso permite que a comunidade reconheça os gatos que passaram pelo procedimento.
A campanha produziu uma cartilha para ajudar a comunidade a identificar a diferença entre gatos castrados e não castrados, que pode ser acessada neste link.
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Impacto ambiental
Segundo os técnicos do ICMBio, a castração em Fernando de Noronha também tem um papel ambiental. Os gatos são considerados uma das cem espécies invasoras mais perigosas do mundo e representam uma ameaça para várias espécies endêmicas, isso é, que só existem na ilha.
Os felinos consomem a lagartixa mabuya (Mabuya vittata) e ovos do pássaro como o sebito (Juruviara-de-noronha), entre outras espécies.
Os estudiosos acreditam que a reprodução descontrolada dos felinos compromete o equilíbrio ecológico da ilha, qualquer alteração pode ter consequências significativas para a fauna local.
Gastos de alimentam da lagartixa mabuya, espécie endêmica
ICMBio/Divulgação
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