Governo evita “especular” impactos comerciais, mas monitora de perto eleições nos EUA

O governo brasileiro vem evitando “especular” o futuro das relações comerciais com os Estados Unidos na hipótese de o republicano Donald Trump ser eleito presidente, mas acompanha de perto o pleito norte-americano, que tem sua reta final na terça-feira (5), segundo fontes.

O candidato republicano promete em sua campanha à Casa Branca impor tarifas de ao menos 10% a todos os produtos que chegam do exterior. Os Estados Unidos são o segundo país que mais importam bens do Brasil: em 2023, foram US$ 36,9 bilhões no total.

Segundo uma fonte da Esplanada dos Ministérios, o Brasil não especula a adoção deste tipo de política, mas não a descarta. Existe uma avaliação de que as turbulências do atual cenário internacional — com tendência à proteção de cadeias produtivas — favorecem a adoção de medidas “pouco usuais” para o comércio exterior.

Existe, porém, confiança por parte da gestão federal na solidez das relações comerciais bicentenárias e nos mecanismos de diálogo estabelecidos entre os países. Há décadas seus pleitos eleitorais são realizados de maneira em que a cada dois anos há troca de presidente em um ou outro sem impacto relevante às trocas, destaca a fonte.

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro do Brasil na troca de bens — atrás apenas da China. Mas se considerados na equação o intercâmbio de bens, serviços e investimentos, o gigante norte-americano é o principal parceiro econômico-comercial do Brasil.

Além disso, os EUA são o principal destino das exportações manufaturadas brasileiras: US$ 29,9 bilhões em 2023. Um estudo da Amcham mostra ainda que o país norte-americano é o destino para o qual o maior número de empresas do Brasil exportam: 9,5 mil no ano passado, um recorde absoluto.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo evita “especular” impactos comerciais, mas monitora de perto eleições nos EUA no site CNN Brasil.

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