Rafaela Drumond: sede do instituto criado pelo pai para acolher vítimas de assédio e discriminação é inaugurada em MG


O projeto foi fundado em fevereiro de 2024, mas, até então, não tinha um local fixo de funcionamento em Barbacena. Saiba como funciona e como os serviços são oferecidos. Sede do Instituto Rafaela Drumond em Barbacena
Divulgação
A sede do Instituto Rafaela Drumond será inaugurada na noite desta quinta-feira (7), a partir das 19h, em Barbacena (MG). O projeto, idealizado por Aldair Drumond, pai da escrivã encontrada morta no ano passado após denunciar assédio moral na Polícia Civil, foi fundado em fevereiro de 2024. No entanto, até então, não havia um local fixo de funcionamento.
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“Agora que adquirimos um local próprio, as pessoas poderão vir pessoalmente receber o atendimento. Antes, trabalhávamos on-line”, explicou Aldair Drumond.
Rafaela Drumond, escrivã da Polícia Civil
Reprodução/Redes Sociais
O Instituto Rafaela Drumond tem o objetivo de apoiar todas as pessoas que sofrem qualquer tipo de discriminação, seja de gênero, raça, sexo, religião, no ambiente familiar, no trabalho, na escola, e conta com a ajuda de profissionais da saúde, como psicólogos, entre outros.
“Muitas mulheres me procuram. Eu escuto, oriento e encaminho elas para psicólogos e outros profissionais que trabalham na instituição”, completou.
Como ser atendida pelo projeto?
Para receber o atendimento da instituição, é preciso entrar em contato por meio de um dos Instagrams @institutorafaeladrumond ou @aldairdivinodrumond, ou pelo telefone (32) 99143-9508.
A sede do projeto está localizada na Rua Padre Manoel Rodrigues, nº 237, no Bairro Bom Pastor, em Barbacena.
Relembre o caso
09/06/2023:
Rafaela Drumond foi encontrada sem vida pelos pais em casa, que fica em um distrito de Antônio Carlos. A escrivã, que tinha 31 anos, era lotada em Carandaí.
12/06/2023:
Polícia Civil abre investigação sobre a morte da policial. Em paralelo à apuração policial, o Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindep-MG) informou sobre o recebimento de diversas denúncias de que a vítima vinha sofrendo assédio moral, sexual, além de pressão com a sobrecarga no trabalho.
13/06/2023:
Em entrevista à TV Integração, o pai Aldair Divino Drumond disse que a filha não chegou a contar sobre os assédios.
15/06/2023:
Um vídeo que mostra a escrivã sendo xingada começa a circular nas redes sociais. A perícia, na época, disse que iria investigar.
21/06/2023:
Em áudios enviados a uma amiga em fevereiro do ano passado, a escrivã relatou episódios de assédio moral e sexual, perseguição, boicote e até uma tentativa de agressão física.
23/06/2023:
Delegado e investigador de Carandaí são transferidos de unidade.
29/06/2023:
Delegado e investigador que trabalhavam com escrivã prestam depoimento.
18/10/2023:
Ministério Público vê omissão de delegado investigado em caso de escrivã encontrada morta.
24/10/2023:
Justiça acata o pedido do Ministério Público de Minas Gerais acerca do caso. Com isso, ficou confirmado o arquivamento do inquérito policial que apurava o investigador Celso Trindade de Andrade. Com relação ao delegado Itamar Cláudio Netto, que o MP apontou omissão, a Justiça de Carandaí entendeu não ser competente para analisar o caso e o transferiu para o Juizado Especial Criminal, órgão responsável pelas infrações de ‘menor potencial ofensivo’.
17/11/2023:
Justiça marca para o dia 27 de novembro a audiência preliminar do processo que envolve a morte da escrivã Rafaela Drumond.
27/11/2023:
Após audiência, foi acordado que o delegado Itamar Cláudio Netto iria pagar R$ 2 mil de multa.

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