Com a federalização do Porto de Itajaí, qual será a relação com o Porto de Santos?

Durante a coletiva de imprensa interna do Grupo ND com o atual administrador do terminal em Itajaí, o Dr. João Paulo Tavares detalhou os processos relacionados à federalização do Porto de Itajaí. Entre as principais dúvidas, o advogado explicou sobre o esquema de transição e a relação entre e Itajaí e Santos.

Imagem mostra dr. João Paulo, que respondeu perguntas sobre a federalização do Porto de Itajaí

Dr. João Paulo concedeu coletiva de imprensa interna ao Grupo ND sobre a federalização do Porto de Itajaí – Foto: Grazielle Guimarães/ND

Com a federalização, os Portos de Santos e de Itajaí estabelecerão uma parceria, funcionando como uma espécie de “filial”, para automatizar e atualizar processos, especialmente no que diz respeito ao alfandegamento.

Segundo o advogado, a transição já está sendo feita há pelo menos três semanas, onde grupos técnicos de Santos estão acompanhando a atual situação do porto.

“Eles estão verificando os problemas estruturais do molhe, os problemas de acesso, a carência que nós temos de um píer de atracação de passageiros que faz com que se prejudique a atracação da carga geral”, explica.

Imagem mostra porto de Santos visto de cima, ilustrando matéria sobre federalização do porto de Itajaí

APS (Autoridade Portuária de Santos) deve gerir Porto de Itajaí a partir de janeiro – Foto: Porto de Santos/ND

Ainda sobre a relação entre a autoridade portuária de Santos e o Porto de Itajaí, João Paulo informou que uma filial da autoridade federal que comanda o porto do litoral paulista será aberta em Itajaí. Mesmo assim, garante que todas as rendas, como tarifas e taxas, serão alocadas na cidade catarinense.

“A questão tributária não é nem uma escolha. A questão tributária, por força de lei federal, é em Itajaí também. Então não há queda de arrecadação nem da tarifa, nem da tributação. Ao contrário, há uma perspectiva de aumento da tributação na medida em que, como hoje a autarquia pública municipal é isenta do recolhimento do ISS, a partir do dia 1º, quando a autoridade portuária começa a operar no porto de Itajaí, ela já passa a recolher ISS. Então nós temos potencialmente um aumento de um tributo que nós não tínhamos”, diz.

Federalização do Porto de Itajaí: por que Santos?

Durante a conversa com diversos profissionais, colunistas, editores e repórteres do grupo, João Paulo respondeu a uma dúvida recorrente: Por que o Porto de Santos foi escolhido, e não outro? Qual foi o critério para essa escolha?

Para iniciar a resposta, o advogado esclarece que, apesar do nome, o Porto de Santos também é federal. Ou seja, o Porto de Itajaí será administrado por uma empresa pública do governo federal que fica em São Paulo.

“Por que o Porto de Santos? Porque ele é o maior da América Latina. Porque ele tem excesso de carga. Porque ele tem gargalo. Porque ele tem orçamento. A responsabilidade do gestor é o bem da cidade. Então, é um grande parceiro. Tem gargalo, tem carga para mandar para cá, tem equipe técnica e tem dinheiro para investir”, declara.

 

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