Cachoeira do Dragão: conheça paraíso com cânions, trilha pelo rio e espetáculo de pássaros


Atrativo é considerado um dos mais desafiadores da Chapada dos Veadeiros. Queda d’água de 90 metros e piscina natural de água termal fazem turistas superar desafios. Cachoeira do Dragão: visita inclui nado entre cânions, trilha pelo rio e andorinhas – Imagens: Laíz Alves, Luciano Sinibaldi e Mayra Siqueira.
Um portal para outra dimensão. Assim é definida a experiência de quem visita a Cachoeira do Dragão, em São João d’Aliança, no nordeste de Goiás. O atrativo da Chapada dos Veadeiros é considerado um dos mais desafiadores da região. Mas, turistas garantem que fazer a trilha pelo rio, nadar no meio dos cânions e observar uma revoada de andorinhas fazem da visita uma experiência única e inesquecível.
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A Cachoeira do Dragão foi aberta em 2018 e atrai visitantes de todo o Brasil que buscam contato com a natureza e aventura. O atrativo possui duas quedas d’água de 90 metros de altura (que correspondem a um prédio de 30 andares), caindo uma de frente para a outra.
O guia Luciano Sinibaldi contou que cachoeira leva esse nome devido a sua imponência e à sua formação rochosa única.
“A cachoeira tem uma aparência que lembra a cabeça de um dragão, com uma grande pedra que se projeta da parede da cachoeira, criando uma espécie de ‘boca’ de dragão”, contou.
Cachoeira do Dragão, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás
Laíz Alves/Laiz Guia na Chapada (esquerda) e Mayra Siqueira/Experimente Piri (direita)
Laíz Alves, outra guia credenciada da região, disse que a Cachoeira do Dragão é considerada a aventura mais radical da Chapada dos Veadeiros.
“Ela traz um diferencial de nadar por um cânion de mais de 100 metros de altura para conseguir chegar até à cachoeira”, relatou.
Laíz contou que a água é bem fria e que é preciso usar roupa de neoprene para realizar o passeio. O tecido é um isolante térmico e seu uso é obrigatório para evitar o risco de hipotermia. Além disso, a aventura é realizada com tênis anfíbio, capacete e colete salva-vidas, explicou a guia.
Antes de chegar à cachoeira, Laíz disse que é realizada uma caminhada de pouco mais de dois quilômetros e meio. Depois, os visitantes percorrem mais um quilômetro ao lado do rio e, por fim, nada por 800 metros entre os cânions.
“Quando chega a parte de nado dentro de um cânion, as pessoas ficam muito impressionadas. Dentro desse cânion tem uma curva, onde a cachoeira começa a se revelar. Nessa hora, várias pessoas se emocionam”, relatou a guia.
Mayra Siqueira foi uma dessas pessoas. A empresária de Pirenópolis, disse que a cachoeira é a mais bonita que já viu em toda a vida e que todos os desafios valem a pena.
“O mais mágico é quando você vai chegando, você já começa a escutar o barulho das andorinhas. Você vai nadando e elas vão voando por cima de você. Parece que você está entrando num universo paralelo. É lindo. Quando eu cheguei, eu chorei. Me emocionei com a beleza do lugar”, relatou a empresária.
Cachoeira do Dragão, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás
Mayra Siqueira/Experimente Piri
Mayra contou que a água fria não foi um problema, já que a roupa isola bastante a temperatura, e que o fim do passeio reserva uma surpresa.
“A água realmente é muito gelada, mas tem um lugarzinho com uma água bem quentinha”, contou a empresária.
A guia Laíz Alves explicou que essa água termal está numa piscina natural formada na entrada de uma caverna, logo após a Cachoeira do Dragão.
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Cachoeira do Dragão, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás
Luciano Sinibaldi/Arquivo pessoal
Visitação
As visitas à Cachoeira do Dragão só podem ser realizadas no período de seca, que ocorre entre os meses de abril a outubro em Goiás. O passeio precisa ser agendado com até 48 horas de antecedência, com guias credenciados.
De acordo com os guias, a visita demora, no mínimo, cinco horas. Alguns chegam a durar o dia todo, considerando paradas em outras piscinas naturais e em áreas de contemplação.
Luciano Sinibaldi explicou que o passeio precisa ser realizado com um veículo 4×4. Os guias levam grupos de até seis pessoas. Com eles também podem ser contratados os carros de tração completa. Os valores variam de R$ 900 a R$ 1,5 mil para contratação de guia e veículo.
A entrada no atrativo custa R$ 210 por pessoa, e inclui o aluguel do colete salva-vidas e do capacete de segurança. O turista pode levar sua própria roupa de neoprene e seu tênis anfíbio, obrigatórios no passeio. Mas, para os que precisarem locar, os itens custam R$ 150 e R$ 40, respectivamente.
O atrativo também fornece um quadriciclo para fazer a volta dos turistas do rio até o estacionamento pela taxa de R$100 por pessoa.
Ao todo, o passeio com todos os recursos custa cerca de R$ 650 por pessoa.
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