Thelminha Assis festeja 20 anos de Carnaval: “Um dos pilares da minha vida”

Após estrear na Marquês de Sapucaí em 2022, a médica e ex-BBB Thelma Assis, 40, retorna à passarela do samba na próxima segunda-feira (3), como destaque do último carro na escola de samba Acadêmicos do Salgueiro.

Em conversa com a CNN, a apresentadora conta ter se apaixonado pela comunidade vermelha e branca da zona norte carioca. “É uma energia que não sei nem explicar em palavras, é algo que literalmente ‘explode o coração’, como diz o samba-enredo de 1993. Cheguei na agremiação por meio do Jorge Silveira, que já era carnavalesco da Mocidade Alegre, minha escola do coração, em São Paulo, e que neste ano está no Rio de Janeiro”.

Assim como no enredo, que promete explorar a relação humana e apresentar ao público a busca por proteção espiritual, a sambista diz que não abre mão de pedir benção à própria mãe antes de entrar de entrar no solo sagrado. “Faço minhas orações e peço proteção de Deus e dos Orixás. Me considero espiritualizada e carrego isso comigo. Inclusive, em São Paulo, a minha base de preparação tem sido na casa da minha mãe, mas, durante os ensaios técnicos do Salgueiro, eu sempre ligava para ela. Acredito muito nesse poder da oração e da bênção de uma mãe”, explica. “Ah, e claro, na hora de pisar no Sambódromo, é sempre com o pé direito”, brinca.

Muito além da folia, a influenciadora entrega que manter o corpo fechado contra energias negativas é um trabalho necessário para o ano inteiro. “Confesso que durante o carnaval, procuro me abastecer só de coisas boas. Tento filtrar ao máximo os conteúdos que vou consumir na internet para não deixar que nada me abale. Minha equipe me ajuda muito a filtrar esses conteúdos que vou ver, afinal, a maratona também é tão intensa que preciso desse apoio para conseguir dar conta de todos os compromissos”, acrescenta.

Em 2025, Thelma Assis celebra 20 anos na folia carnavalesca

Completando duas décadas da Morada do Samba, atual campeã da folia paulista, Thelma reforça que para representar uma escola de samba é necessário se entregar de corpo e alma. Neste ano, a dedicação foi duplicada pelo eixo São Paulo-Rio.

“Foi corrido, mas acho que está valendo a pena. Graças a Deus todos os ensaios técnicos e de rua/quadra caíram em dias diferentes, o que me proporcionou me dedicar muito da melhor forma, tanto à Mocidade, quanto ao Salgueiro, que é o meu amor mais recente, mas não menos importante”, garante.

Questionada sobre almejar o principal posto frente à bateria, ela acredita que toda mulher que participa de um desfile se sente uma rainha. “São muitas histórias que carregamos naquela pista. Então, independentemente do cargo, o mais importante, para mim, é o pertencimento de ser componente de comunidades tão importantes e de representar essas escolas da melhor forma possível”, reflete.

A reflexão ainda se estende às discussões que giram ao redor de famosas que ocupam locais de grande visibilidade e tão almejados por passistas nascidas e criadas no berço do samba. “Sempre digo que, com respeito, é possível alcançar qualquer espaço e realizar qualquer sonho. A gente sabe que as meninas da comunidade vivem aquilo intensamente o ano todo, literalmente dando o sangue – os pés chegam a sangrar. Muitas vezes, elas fazem shows para fortalecer a escola, mesmo por cachês baixos, porque amam o que fazem e precisam desse dinheiro. Algumas nem sequer têm condições de investir em uma fantasia”, comenta.

“Eu já estive do outro lado, então, para mim, é muito genuíno me colocar no lugar delas e enxergar essa realidade. Mas a presença de personalidades famosas na escola também é algo cada vez mais importante e necessário para ajudar em algumas ações e até mesmo colocar a própria escola em evidência e torná-la mais conhecida pelo grande público. Tudo é uma questão de equilíbrio, o importante é que todos estejam felizes no carnaval, sempre respeitando a história e o esforço de quem está lá o ano inteiro”, adiciona.

“O carnaval é um dos grandes pilares da minha vida”, diz Thelminha

Indo além do glamour e todo o luxo que transbordam no Anhembi e na Sapucaí, os cortejos por bairros e avenidas também têm um espaço reservado no coração da ex-BBB. “O carnaval começou nas ruas do nosso país, é a nossa história, é uma manifestação cultural que nos leva para o mundo todo. Além disso, o carnaval de rua é a nossa manifestação mais genuína e democrática, é nele onde todos, independentemente de raça, classe social, orientação e religião, podem se divertir e aproveitar”, reflete.

“Eu já cheguei a muitos lugares por conta do carnaval, afinal cada samba-enredo nos conta uma história e faz com que a gente possa viajar por ela. Mas antes da minha vida dar esse 360º, pós-BBB, eu já era a Thelminha que amava e vivia o carnaval. Dentro do programa, as pessoas já me relacionavam com o carnaval, eu ganhei uma festa com tema de carnaval, então acho que sempre fui a Thelminha que ama, vive e representa do seu jeito o carnaval. O carnaval é um dos grandes pilares da minha vida”, garante.

Spoiler de beleza?

Nessa maratona, além do samba no pé, outro destaque fica por conta de outros dois elementos: maquiagem e, claro, a tão aguardada fantasia. “Olha, eu não costumo dar spoilers sobre meus figurinos de carnaval”, brinca.

“Mas, posso garantir que elas já estão prontas e lindas. A beleza é sempre uma extensão da fantasia. Tudo depende dela. Algumas exigem mais destaque, outras pedem por uma dedicação ainda maior na face”, garante Thelma que terá produção assinada por profissionais da Eudora.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Thelminha Assis festeja 20 anos de Carnaval: “Um dos pilares da minha vida” no site CNN Brasil.