Frangofilia: por que caso de procurador que espancou a chefe foi arquivado pela Justiça de SP?

A Justiça de São Paulo arquivou o processo contra Demétrius Oliveira de Macedo, procurador que espancou a chefe em Registro, no interior de São Paulo, em junho de 2022. Ele havia sido absolvido em 2023 por ser considerado inimputável.

Procurador que espancou a chefe em prefeitura de SP foi absolvido e cumpre medida judicial em hospital de custódia – Foto: Reprodução/R7/ND

Demétrius foi preso e internado em hospital psiquiátrico diante do diagnóstico de personalidade narcisista e combativa. Desde o julgamento, em 2023, ele cumpre medida judicial e está no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em Taubaté.

A decisão do juiz Raphael Ernane Neves, da 1ª Vara da Comarca de Registro, determinou que o procurador que espancou a chefe deve passar três anos internado em hospital de custódia. Em seguida, passará por “exame de cessação de periculosidade”, teste que deverá ser repetido uma vez por ano.

“Ele teria me espancado até a morte”, afirmou a procuradora agredida – Foto: Reprodução/R7/ND

Esquizofrenia e frangofilia: por que procurador que espancou a chefe é considerado inimputável?

Demétrius Oliveira de Macedo recebeu o diagnóstico de esquizofrenia paranoide por cinco médicos. Por essa razão, o juiz Raphael Ernane Neves o considerou inimputável, ou seja, incapaz de responder pelas próprias ações.

O procurador que espancou a chefe no ambiente de trabalho apresentou episódios de frangofilia, conforme o laudo do Imesc (Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo). O sintoma associado a transtornos mentais se caracteriza pelo descontrole emocional e pelo comportamento de quebrar objetos compulsivamente.

Como o processo foi arquivado na esfera penal, ele não pode ser responsabilizado pelo crime. Contudo, ainda pode ser condenado a indenização na esfera cível.

Procurador que espancou a chefe foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide e episódios de frangofilia – Foto: Reprodução/R7/ND

Procurador desferiu chutes e socos no rosto da vítima

Colegas de trabalho registraram o momento em que o homem agrediu a também procuradora Gabriela Samadello Monteiro de Barros durante o expediente na Prefeitura de Registro. Ele desferiu socos e chutes no rosto da mulher, que deixou o local ensanguentada.

“Acho que é uma coisa muito grave, se as pessoas não estivessem ali para me socorrer, fatalmente não estaria aí para contar essa história, ele teria me espancado até a morte”, declarou a vítima após as agressões.

Relembre vídeo do procurador que espancou a chefe em SP

*Com informações do R7