Embaixadas e consulados de torcedores de times do Brasileirão são encontrados em várias capitais

O campeonato, por enquanto, tem a maior média de público da história – com mais de 26 mil torcedores por jogo. Consulados e embaixadas de clubes se espalham por todo o Brasil
Neste sábado (20), começa mais uma rodada do Campeonato Brasileiro – com torcedores lotando os estádios e espalhados por todo o Brasil.
É uma paixão que não exige comprovante de residência… Nesse Brasil apaixonado por bola, as divisas do futebol nem sempre são as mesmas da geografia.
“Eu sou manezinho e torço incontrolavelmente, o Corinthians é minha paixão maior”, diz o torcedor Leonardo.
O Brasileirão que, por enquanto, tem a maior média de público da história, com mais de 26 mil torcedores por jogo, faz sucesso também fora – e longe – dos estádios.
Em todas as capitais do Brasil, é possível encontrar embaixadas e consulados de torcedores de muitos times da Série A.
“Quando cheguei e vi a quantidade de palmeirenses dispersos que tinha em Belém, eu decidi trazer todo mundo para um local só”, conta Arcrishiman Bassani, fundador do consulado do Palmeiras em Belém.
A 2,5 mil quilômetros de São Paulo, os palmeirenses de Belém se encontram com frequência para ver o time. O Palmeiras vai visitar o Santos no sábado (20), contando com essa energia à distância.
Já o Bahia recebe o Goiás em Salvador. Vai contar com o apoio da torcida no estádio e em Belo Horizonte também. Lá, tem torcida baiana com sotaque mineiro…
“A gente fala que o Bahia é um mundo. A gente se conecta através das redes sociais com pessoas em todos os quatro cantos do planeta”, comenta o personal trainer Adilson.
Em Campo Grande, tem galo pantaneiro. Os atleticanos, mais uma vez, vão misturar futebol e culinária pra torcer para o time de Minas contra o Curitiba.
“Eu me sinto em casa. Aqui eu posso falar que estou em Minas Gerais. A torcida que acolhe”, conta a assistente administrativa Lorena Miranda.
Em Santa Catarina, os corinthianos da ilha fundaram a Fiel Floripa e há pelo menos uma década eles se reúnem.
“Para fazer parte do movimento: ser Corinthians. Esse é o quesito principal. Porque o corinthiano ele não nasce, ele é concebido, né? Então a gente acaba se tornando uma família fiel”, diz uma das fundadoras.
O Corinthians vai enfrentar o Flamengo fora de casa, domingo (21), às quatro da tarde.
Em Rio Branco, a três mil quilômetros do Maracanã, não é difícil encontrar o símbolo que define o consulado dos torcedores rubro-negros na capital do Acre. E essa paixão fica ainda mais simbólica quando se vê que, no local, centenas de torcedores se reúnem todos os jogos para ver o Flamengo jogar.
“Muitas vezes as pessoas chegam na gente elogiando, falando: “Poxa, valeu, nunca fui no Rio de Janeiro” e agradecendo por sentir esse clima. E se você acompanha um jogo aqui com a gente, é um clima de estádio mesmo…é um caldeirão mesmo”, diz Yan Gabriel, fundador da Acreflanáticos.
No Brasileirão dos estádios lotados, o torcedor nem precisa estar no mesmo CEP do clube. Tem arquibancadas espalhadas por todo o país.