Anac simplifica as regras para o uso de drones na agricultura

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O Brasil tem hoje quase 113 mil drones cadastrados na Agência Nacional de Aviação Civil. Cerca de 2,5 mil estão no campo, que agora tem regras mais simples. Anac simplifica as regras para o uso de drones na agricultura
No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil simplificou as regras para o uso de drones na agricultura.
Equipamentos de proteção bem ajustados no rosto. O piloto abastece o tanque do drone, também chamado de vant, e decola. Marco Túlio trabalha com drone há 10 anos, e há 5 meses passou a operar também no campo. O equipamento é bem grande, tem 3 metros de comprimento.
“Os primeiros que estavam regulamentados até então eram de capacidade de 10 litros ou 10 quilos e, agora, esse já faz com 40 quilos e já tem previsão para entrega dos próximos meses para equipamentos com 50 litros”, diz o piloto de drone.
O Brasil tem hoje quase 113 mil drones cadastrados na Agência Nacional de Aviação Civil. Cerca de 2,5 mil estão no campo, que agora tem regras mais simples. Antes, só equipamentos com até 25 kg podiam decolar. Com a nova resolução, não há mais limite de peso. Mas devem sobrevoar apenas áreas desabitadas e não ultrapassar 120 metros de altura – o equivalente a um prédio de 40 andares.
“A decisão final da agência implementa um modelo de desregulamentação como forma de incentivar a inovação, ao passo que as operações são monitoradas. O setor também ganhou uma instrução dedicada aos fabricantes, que contém recomendações de segurança no desenvolvimento de drones”, explica Roberto Honorato, superintendente de aeronavegabilidade da Anac.
País já tem mais de 100 mil drones cadastrados, sendo 2.451 para o campo
TV Globo/Reprodução
O voo do drone depende de três fatores: temperatura, umidade e vento. Por isso, o começo e o fim do dia são os melhores horários para as pulverizações. Poder levar mais produto significa aproveitar melhor o tempo.
“Você consegue distribuir uma faixa maior de defensivo agrícola, aumentando a produtividade por hora e otimizando tempo em campo. Essa resolução veio para facilitar. Teremos aí esse mercado profissional que poderá agregar ainda mais na agricultura, pecuária e potencializar o agro brasileiro”, afirma a instrutora de drones Naiara Sousa.
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Maik Divino Freitas é gerente de uma fazenda em Bela Vista de Goiás. Só conhecia drones pela televisão.
“A tecnologia chegando para nós também. Bom demais!”, comemora.

Desde que começou a trabalhar com drone agrícola, Ben Hur Machado nunca ficou sem serviço.
“Não é algo que vem assim: ‘ah, será que vai dar certo no mercado?’. Não! Já veio já e já deu certo!”, diz o piloto de drone.
É bom o pessoal se acostumar com as luzes piscando sobre as plantações.
“Já teve caso de a gente estar em uma fazenda e o vizinho na sede perguntando se estava vendo, qual era aquele objeto que estava sobrevoando ali a fazenda, porque estava morrendo de medo, achando que era um disco voador. Mas era o drone. Aí teve que explicar. Chamou ele, convidou ele para ver”, conta, rindo, Ben Hur Machado.
Drones são utilizados para ajudar no trabalho nas lavouras
TV Globo/Reprodução

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