Gregos vão às urnas para escolher seu primeiro-ministro neste domingo 

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Cerca de 9,8 milhões de gregos irão às urnas neste domingo (21) para as eleições parlamentares, que também definirão o próximo primeiro-ministro do país. Desse contingente de eleitores, cerca de 440 mil têm de 17 a 21 anos e podem votar pela primeira vez.

Pela primeira vez, os gregos residentes no estrangeiro também poderão votar, sem terem de regressar à Grécia.

Os principais líderes na corrida pelo governo grego são o atual premiê, Kyriakos Mitsotakis, do partido Nova Democracia, e seu antecessor, Alexis Tsipras, do partido de esquerda Syriza.

Estão em jogo os 300 assentos do Parlamento. Atualmente, o Nova Democracia detém uma maioria de 158 vagas.

Em terceiro lugar na disputa está o Pasok-KINAL, ou Movimento pela Mudança, de centro-esquerda de Nikos Androulakis. Terceiro maior partido da Grécia, garantiu 22 assentos em 2019 e, se mantiver um bom desempenho, será crucial para a definição do novo gabinete caso seja necessária uma coalisão com várias legendas.

O Nova Democracia está à frente do Syriza nas pesquisas de opinião. Mas a eleição de domingo pode não produzir um vencedor absoluto devido a um novo sistema de votação. Uma segunda votação pode ocorrer no início de julho, a menos que uma coalizão seja formada.

A Covid-19 e a alta inflação, desencadeada pela guerra na Ucrânia, que dispararam as contas de energia, afetaram as famílias que ainda sofrem com uma década de austeridade, enquanto o crescimento econômico deve cair para 2,3% este ano, de 5,9% em 2022.

O governo de Mitsotakis gastou mais de 50 bilhões de euros em medidas de alívio desde 2020, aumentou as pensões e aumentou o salário mínimo mensal em 20%, para 780 euros, para amortecer a crise do custo de vida.

Durante seu mandato de quatro anos, ele também se concentrou em limitar a migração ilegal, manteve uma postura dura nas disputas com a Turquia sobre refugiados e fronteiras marítimas e fortaleceu as relações com os Estados Unidos enquanto apoiava militarmente a Ucrânia.

Ele sobreviveu a moções de censura apresentadas pela oposição esquerdista, inclusive por causa de um escândalo de escutas telefônicas, e enfrentou a ira pública contra o governo por causa de um recente acidente de trem que matou 57 pessoas.

(Publicado por Fábio Mendes, com informações da Reuters)

Este conteúdo foi originalmente publicado em Gregos vão às urnas para escolher seu primeiro-ministro neste domingo  no site CNN Brasil.

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