Dólar abre em alta, a R$ 4,89, na esteira do cenário fiscal doméstico e aguardando Jerome Powell

O dólar abriu em alta nesta quarta-feira (8), subindo 0,58%, a R$ 4,89, por volta das 9h13.

Investidores domésticos acompanham as movimentações no Senado hoje, enquanto seguem digerindo os resultados corporativos do terceiro trimestre.

O grande destaque do dia é a votação da reforma tributária no Plenário do Senado. A PEC está prevista para começar às 14h00. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, antecipou a sessão em um sinal de que há a intenção de concluir a votação ainda hoje.

Se o texto for aprovado em plenário, ainda vai retornar para à Câmara, por causa das alterações feitas na proposta.

A agenda econômica local também está movimentada, com a divulgação de indicadores como o IGP-DI, dados fiscais e vendas do varejo.

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,51% em outubro, ante elevação de 0,45 no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Sobre a temporada de balanços, a expectativa do dia é pelos resultados de empresas como Banco do Brasil e Casas Bahia.

Nesta manhã, tivemos a divulgação dos números da Eletrobras. A empresa reverteu prejuízo e reportou lucro liquido de 1,4 bilhão de reais no terceiro trimestre. Em relação à receita líquida, a companhia alcançou R$ 8,7 bilhões entre julho e setembro, uma alta de 9% na comparação anual.

Já o BTG Pactual reportou alta de 19% na receita líquida total ajustada do terceiro trimestre, para R$ 5,7 bilhões. O número superou as expectativas do mercado. Já o lucro líquido ajustado atingiu R$ 2,7 bilhões, outro aumento de 19% na comparação anual. De acordo com a entidade, os resultados foram impulsionados pelo crescimento da receita e pela diversificação.

Mercados globais

Investidores globais seguem com o radar para os Estados Unidos, onde os futuros dos índices acionários tinham pouca alteração nesta manhã, à espera de comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, às 11h15 desta manhã, que podem oferecer mais clareza sobre a direção das taxas de juros.

Wall Street começou novembro com o pé direito, com os índices S&P 500 e o Nasdaq registrando suas mais longas sequências de ganhos em dois anos na véspera (7), com os rendimentos dos títulos do Tesouro americano recuando acentuadamente em meio a expectativas de que o Fed tenha chegado ao fim de sua campanha de aperto.

Os mercados agora estão precificando cortes de juros já em maio, de acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, com as chances de uma redução de pelo menos 0,25 ponto percentual tendo aumentado para quase 52%, em comparação com cerca de 41% há uma semana.

No entanto, comentários cautelosos de várias autoridades do banco central norte-americano nos últimos dias mantiveram os investidores nervosos, com a diretora do Fed Michelle Bowman sinalizando a possibilidade de novos aumentos nas taxas, dada a força da economia dos EUA.

Todas as atenções estarão voltadas para os comentários de Powell na Conferência do Centenário da Divisão de Pesquisa e Estatísticas do Federal Reserve, às 11h15, para obter mais pistas sobre por quanto tempo a política monetária dos EUA poderá permanecer restritiva.

O chefe do Fed também deve falar em outro evento na quinta-feira.

“É bem possível que as ações façam uma pausa para respirar, conforme os investidores equilibram a esperança de cortes nas taxas com o aumento das tensões financeiras na economia”, disse Derren Nathan, chefe de pesquisa de ações da Hargreaves Lansdown, em nota.

“E não seria a primeira vez (…) que o mercado estaria errado sobre o momento da mudança de direção do Fed.”

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Com 20 votos, CCJ do Senado aprova reforma tributária | CNN PRIME TIME

*Com informações de agência Reuters

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