Waack: Na guerra em Gaza, os dois lados não são iguais

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Israel afirma que a operação militar para combater o terrorismo do Hamas representa a luta entre o mundo livre e democrático e o mundo do mal.

O governo de Israel deve ser cobrado e criticado com base nos parâmetros do mundo livre e democrático.

Críticas aos bombardeios israelenses em Gaza, especialmente o grande número de baixas civis, têm sido feitas de maneira incisiva por líderes de vários países democráticos.

Se Israel espera apoio daqueles que defendem princípios como leis e direitos humanos, também deve estar disposto a ouvir críticas à sua operação militar devido às numerosas mortes de inocentes.

No entanto, ao equiparar a resposta israelense aos atos terroristas do Hamas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdeu a legitimidade para intensificar as críticas a Israel, feitas por países democráticos como França e Estados Unidos, entre outros.

As ações de Israel são de um governo sujeito à deposição pelo voto em um país que pode ser constrangido por diplomacia e tratados internacionais.

Já as ações do Hamas são de um grupo que decide, por si só, quem tem ou não o direito de viver, com base em sua interpretação das leis divinas, e que tem como eixo central de atuação o terror, começando pelos próprios palestinos.

A morte de crianças e civis, assim como o sofrimento imposto à população de Gaza, são tragédias que escapam à compreensão humana.

No entanto, espera-se que pessoas em posição como a de Lula, liderando um Estado, sejam capazes de entender o que está em jogo em um conflito como o atual em Gaza, reconhecendo que os dois lados não são iguais.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Waack: Na guerra em Gaza, os dois lados não são iguais no site CNN Brasil.

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