Otan anuncia maior exercício militar em 36 anos, com 90 mil soldados

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Militares participam de exercícios como treinamento para uma eventual participação numa guerra. Então, se provocar, a Finlândia tá dentro. Reprodução: Flipar

Nesta quinta-feira (18), a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou que vai vai mobilizar 90 mil soldados de países membros da aliança e da Suécia. A convocação é a maior feita pela Otan desde o período da Guerra Fria. Conforme informado pelo comandante-geral da Otan na Europa, o general Christopher Cavoli, os militares participarão de uma série de exercícios conjuntos para simular um “ataque russo”.

Os exercícios têm previsão para começar na semana que vem devem continuar até meados de maio, segundo o comandante. Soldados da Suécia também participarão, ainda que o país não faça parte da aliança.

“A aliança vai demonstrar sua habilidade para reforçar a região do Atlântico e da Europa com um movimento transatlântico de forças”, afirmou Cavoli.

De acordo com o comandante, as manobras fazem parte de exercícios anuais da aliança – ou seja, elas não têm uma motivação específica. Ainda assim, ele fez questão de ressaltar que essa será a maior mobilização do grupo militar desde 1988, quando 125 mil soldados foram mobilizados durante a Guerra Fria.

Neste ano, as tropas simularão uma invasão russa a um dos países membros. Em um dos atos, os militares treinarão um deslocamento rápido para a Polônia, país membro da Otan e vizinha da Ucrânia.

Em outro treinamento, os soldados irão aos países que fazem fronteira com a Rússia, como a Noruega e os países bálticos – Letônia e a Lituânia -, que também integram a Otan.

De acordo com a Otan, serão mobilizados mais de 1.200 veículos de combate:

  • Ao menos 50 navios, de porta-aviões a destróieres;
  • Mais de 80 caças, helicópteros e drones;
  • Pelo menos 1.100 veículos de combate, incluindo 133 tanques e 533 veículos de combate de infantaria.

A grande mobilização da Otan ocorre no momento em que a Rússia intensific ataques aéreos a grandes cidades na Ucrânia, com o objetivo de mostrar força após meses sem conseguir avançar nas linhas de frente de batalha. Atualmente, 20% do território ucraniano está sob o controle de militares russos, em áreas no leste e no sul do país.

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