Os pagamentos foram feitos de duas formas. Primeiro, nos restos a pagar do RP9, o or\u00e7amento secreto do governo Jair Bolsonaro. O valor desembolsado este ano saltou de R$ 666 milh\u00f5es em 11 de maio para R$ 949 milh\u00f5es em 24 de maio, ou seja, R$ 283 milh\u00f5es a mais.<\/p>\n

Em segundo lugar, em emendas parlamentares para as bases eleitorais de senadores e deputados, o valor pago aumentou de R$ 3,9 bilh\u00f5es, na mesma data, para R$ 4,63 bilh\u00f5es, um acr\u00e9scimo de R$ 730 milh\u00f5es.<\/p>\n

Ao todo, o saldo quitado pelo Executivo nos \u00faltimos 13 dias para agradar congressistas \u00e9 de cerca de R$ 1 bilh\u00e3o.<\/p>\n

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Os valores s\u00e3o fatias muito pequenas dos totais a pagar em cada uma dessas modalidades, mas mostram que o governo est\u00e1 se movimentando para agradar o Congresso e ganhar poder de barganha nas vota\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Como mostrou a coluna, por\u00e9m, h\u00e1 uma conta que ainda est\u00e1 zerada: o da verba de investimento dos minist\u00e9rios, o RP9 que foi \u201cconvertido\u201d em RP2, saindo do controle do Congresso para as m\u00e3os dos ministros de Lula.<\/p>\n

H\u00e1 R$ 9,6 bilh\u00f5es dispon\u00edveis nessas a\u00e7\u00f5es or\u00e7ament\u00e1rias em 2023, mas o governo ainda n\u00e3o encontrou uma solu\u00e7\u00e3o jur\u00eddica e t\u00e9cnica para fazer os pagamentos, mesmo pressionado pelo Legislativo.<\/p>\n

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