Ainda n\u00e3o h\u00e1 informa\u00e7\u00f5es se houve v\u00edtimas no ataque, que foi reivindicado pelo grupo jihadista ligado \u00e0 Al-Qaeda.<\/p>\n

Um carro lotado com explosivos foi lan\u00e7ado contra a base em Bulo Marer, cerca de 120 quil\u00f4metros a sudoeste da capital Mogad\u00edscio. A a\u00e7\u00e3o foi sucedida por uma intensa troca de tiros, informaram \u00e0 AFP moradores locais e um comandante do Ex\u00e9rcito somali.<\/p>\n

For\u00e7as pr\u00f3-governo somali apoiadas pela Miss\u00e3o de Transi\u00e7\u00e3o da Uni\u00e3o Africana na Som\u00e1lia (ATMIS, na sigla em ingl\u00eas) lan\u00e7aram uma ofensiva contra o Al-Shabaab em agosto do ano passado. O grupo jihadista tem travado uma insurg\u00eancia na fr\u00e1gil na\u00e7\u00e3o do Chifre da \u00c1frica h\u00e1 mais de 15 anos.<\/p>\n

A ATMIS reportou que jihadistas do Al-Shabaab iniciaram o ataque \u00e0 base de Bulo Marer \u00e0s 5h locais (23h de Bras\u00edlia de quinta-feira) \u201cusando dispositivos explosivos improvisados em ve\u00edculos e homens-bomba\u201d.<\/p>\n

\u201cRefor\u00e7os da Unidade de Avia\u00e7\u00e3o da ATMIS e aliados conseguiram destruir as armas em posse dos militantes do Al-Shabaab que se retiravam\u201d, acrescentou a miss\u00e3o em comunicado.<\/p>\n

O ataque visava soldados de Uganda destacados na Som\u00e1lia como parte da ATMIS, informou o porta-voz das For\u00e7as Armadas de Uganda, Felix Kulayigye, em uma nota, na qual acrescentou que os militares estavam \u201cverificando\u201d os detalhes.<\/p>\n

O Al-Shabaab reivindicou, atrav\u00e9s de seus canais de comunica\u00e7\u00e3o, que havia invadido a base e provocado um grande n\u00famero de baixas.<\/p>\n

Mas o comandante do Ex\u00e9rcito somali Mohamed Yerow Hassan disse que os agressores foram repelidos e que a \u201csitua\u00e7\u00e3o tinha voltado ao normal\u201d. \u201cOs terroristas foram obrigados a recuar e fugir\u201d, disse Hassan \u00e0 AFP por telefone.<\/p>\n

O grupo jihadista \u00e9 conhecido por exagerar o alcance de suas a\u00e7\u00f5es no campo de batalha, enquanto os governos dos pa\u00edses que contribuem com soldados para a miss\u00e3o da Uni\u00e3o Africana raramente confirmam suas baixas. Al\u00e9m disso, ataques contra bases militares em partes isoladas da Som\u00e1lia s\u00e3o dif\u00edceis de se verificar de forma independente.<\/p>\n

Os Estados Unidos condenaram o ataque e reiteraram seu apoio \u201caos parceiros de Som\u00e1lia e Uni\u00e3o Africana\u201d, e tamb\u00e9m elogiaram \u201ca bravura e o sacrif\u00edcio\u201d dos soldados no terreno, declarou o porta-voz do Departamento de Estado Matthew Miller.<\/p>\n

Em um relat\u00f3rio enviado ao Conselho de Seguran\u00e7a em fevereiro, o secret\u00e1rio-geral da ONU, Ant\u00f3nio Guterres, reportou que o ano de 2022 foi o mais letal para os civis na Som\u00e1lia desde 2017, principalmente devido aos ataques do Al-Shabaab.<\/p>\n

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