Ministro do GSI é ouvido na Câmara sobre atos golpistas de 8 de janeiro

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General Amaro assumiu o cargo no início de maio. Deputados pediram explicações sobre atuação de Gonçalves Dias, ex-ministro. O general Antonio Amaro, chefe do Estado-Maior do Exército, em evento com o presidente Jair Bolsonaro
Marcos Corrêa/PR
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Marcos Antônio Amaro dos Santos, compareceu à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (24), para falar sobre a invasão ao Palácio do Planalto, nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Imagens divulgadas em abril mostram militares do órgão, entre eles o ex-ministro do GSI, general Gonçalves Dias, circulando entre os invasores. As gravações revelaram servidores conversando com os golpistas, sendo que um deles ofereceu água a eles.
Amaro foi convocado a participar da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado após requerimento do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), aprovado no último 9 de maio. O general assumiu o cargo no início do mês.
“O ministro, o cargo de ministro do GSI é único. Quem ocupa lá deve ter ciência do que está acontecendo, ele tem que ter tomado ciência”, afirmou Bilynskyj.
A nomeação de Amaro para o comando do GSI foi definida pelo presidente Lula, em substituição ao general Gonçalves Dias, que pediu demissão após a divulgação dos vídeos em que aparece conversando com invadores.
Antes da escolha de Amaro, o órgão foi comandado interinamente por Ricardo Cappelli, que é secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e já tinha atuado como interventor na segurança pública do Distrito Federal após os ataques.
Amaro foi responsável pela segurança da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele também comandou a Casa Militar durante o governo da petista.
O general assumiu o GSI com o órgão renovado. Após a demissão do ex-ministro Gonçalves Dias e nomeação de Cappelli, pelo menos 146 servidores foram exonerados do gabinete.
A reestruturação no quadro de servidores do GSI foi feita após a divulgação de novas imagens dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro.
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