Idosa de 75 anos desaparece após filha levar para fazer exame, em Fortaleza

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A filha mais velha de Maria Ocilma Félix disse ao g1 que a irmã está com a mãe e quer manter segredo sobre o local. A Polícia Civil investiga o caso. A família mora no Bairro São João do Tauape. A idosa, na primeira imagem, é Maria Ocilma, de 75 anos. A mulher, ao lado, é Fátima, quem a irmã acusa de ter raptado.
Arquivo pessoal
Maria Ocilma Félix, uma idosa de 75 anos, está desaparecida desde a última quinta-feira (19) após ser levada pela filha para fazer um exame de ressonância magnética em Fortaleza.
Em entrevista ao g1, a filha mais velha de Ocilma, Rocilda Félix, disse que a irmã raptou a mãe após ir ao hospital. “Ela não fala com ninguém, não atende ligação. A gente não quer que fiquem ligando para ela, porque senão ela desliga o celular e vai ser mais difícil de encontrar”, disse. A família mora no Bairro São João do Tauape, em Fortaleza.
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Em nota, a Polícia Civil disse que “investiga as circunstâncias do desaparecimento de uma idosa, de 75 anos, após conflitos familiares envolvendo os filhos dela”.
Segundo o órgão, neste momento, buscas estão em andamento visando resolver o caso. “Outras informações sobre o trabalho desenvolvido serão preservadas visando não comprometer a investigação em andamento”.
Conflitos familiares
Segundo Rocilda, uma vizinha viu quando sua mãe se recusou a ir para a clínica com a outra filha, Fátima, que é a mais nova de três. “Ela (a testemunha) viu um carro chegar, olhar o número da casa e ir para a frente. Minha irmã saiu, pediu para o rapaz ir mais para a frente dizendo ‘Vamos, mãe, fazer o exame’, mas minha mãe dizia que não queria ir”, disse.
As duas irmãs mantinham uma boa relação com a idosa, mas vinham tendo conflitos entre elas.
“Ela é evangélica e queria que a gente ficasse ouvindo a palavra de Deus. A confusão maior era por causa disso. Ela queria que a minha mãe, todo mundo, virássemos evangélicos, mas um dia eu disse que sou católica e quando eu puder e sentir vontade, vou. Ela é insistente até com o povo da rua”, explicou Rocilda.
Até o momento, o único contato que a família teve com Fátima foi por um aplicativo de mensagens no celular. Quando perguntam onde está a mãe, a filha diz que ela está bem e “na paz do Senhor”.
Fátima tem um filho adolescente que, segundo Rocilda, não está frequentando a escola desde o acontecido. A mulher chegou a ir na clínica para saber se o exame foi mesmo realizado e recebeu a resposta positiva. “De tarde (na quinta-feira, dia do desaparecimento), liguei para o meu irmão para saber se elas tinham voltado. Ele disse que ela mandou uma mensagem dizendo que quando saísse da clínica vinha para casa. Ele ficou mandando mensagem e ela respondeu que estava tudo bem”, acrescentou.
Toda a família mora no Bairro São João do Tauape, mas enquanto Rocilda mora um pouco mais distante da mãe, Fátima reside com a idosa e o filho.
“A família está mais preocupada com a minha mãe. Ela está acostumada com os netos, com os gatos. Ninguém sabe como o coração dela está”.
Maria Ocilma, apesar de saudável, se movimenta com ajuda de um andador, devido a um acidente que sofreu há alguns anos.
Denúncias
Para falar com a família caso haja informações sobre a idosa ou Fátima, o contato é: (85) 8709-1831 (Rocilda).
A população pode também contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As informações podem ser direcionadas para o (85) 3101-2496, que é o número da da Delegacia de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência (DPIPD).
As denúncias podem ser encaminhadas ainda para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, pelo qual podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. O sigilo e o anonimato são garantidos.
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