Casal investigado por exploração sexual de meninas e mulheres na Terra Yanomami é preso em RR

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Investigados pela PF, Thaliny Nascimento Andrade, conhecida como “Paloma”, de 22 anos, e o marido, Francisco Félix de Lima, de 48 anos, foram presos em Boa Vista pela Divisão de Inteligência e Captura. Thaliny Andrade, a “Paloma”, de 22 anos, e o marido, Francisco Lima, conhecido como “Chico” ou “Márcio”, de 48, são investigados pela PF por exploração sexual na Terra Yanomami
Dicap/Divulgação
Alvos da Polícia Federal no inquérito que investiga a exploração sexual de meninas e mulheres em garimpos na Terra Indígena Yanomami, o casal Thaliny Nascimento Andrade, conhecida como “Paloma”, de 22 anos, e Francisco Félix de Lima, de 48 anos, foi preso nessa segunda-feira (5), em Boa Vista. Os dois estavam foragidos e eram procurados desde a operação Palácios.
Thaliny e o marido, que também conhecido como “Chico” ou “Márcio” foram presos em ação da Divisão de Inteligência e Captura (Dicap), órgão que integra a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc). Eles foram encontrados em um casa no bairro Operário, zona Oeste da cidade, após denúncia anônima.
Os dois, conforme investigação da PF, são suspeitos de fazer parte de um grupo criminoso que atrai meninas e mulheres para serem exploradas em cabarés na Terra Yanomami.
Recrutadas pelas redes sociais com promessas de falsos trabalhos e salários irreais, as vítimas são levadas ao território com dívida inicial de R$ 10 mil. Lá, são obrigadas a se prostituir em cabarés à serviço da atividade ilegal, de acordo com investigação da PF.
O casal é investigado no mesmo inquérito que prendeu as irmãs Francisca de Fátima Guimarães Gomes, de 40 anos, e Marilene Guimarães Gomes, de 44 anos, ambas presas na operação Palácios. A defesa de Francisca alega que ela é inocente.
Entre as vítimas das irmãs e do casal pelo pela Dicap, apontam as investigações da PF, está uma adolescente de 15 anos, resgatada em março no território Yanomami. A menina passou cerca de 30 dias numa área de garimpo e relatou ao Conselho Tutelar que fazia até 16 programas por noite.
Depois do resgate dela, a PF encontrou outras duas vítimas de exploração sexual na Terra Yanomami. Uma adolescente, de 17 anos, e uma jovem, de 19. Elas revelaram que eram submetidas a situações semelhantes à escravidão e obrigadas fazer programas até quando estavam menstruadas.
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Prisão de Thaliny e Francisco
Quando os policiais chegaram no imóvel onde estava o casal, foram recebidos por Francisco. Ele, segundo a Dicap, estava nervoso e disse que estava só no imóvel, mas autorizou a entrada da equipe. Thaliny foi encontrada escondida atrás da porta.
Após consulta, foi verificado que o casal estava foragido desde o dia 18 de maio, em razão de mandados de prisões expedidos pela Vara de Crimes Contra Vulneráveis, pelos crimes de associação criminosa e exploração sexual.
Depois de presos, o casal foi levado à sede da Dicap e, em seguida, à Polícia Federal, onde os cumprimento dos mandados foram formalizados.
No vídeo abaixo, o delegado da PF, Marco Bontempo, responsável pela investigação do grupo criminoso, explica como os aliciadores agem:
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