Corpo de fisiculturista que morreu com catapora no Chile chega ao Rio nesta sexta; velório será no sábado

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Família de Raphael Casanova conseguiu vencer a burocracia e o alto custo para trazer o corpo do fisiculturista para o Rio de Janeiro. Ele corria o risco de ser enterrado como indigente no Chile Raphael Casanova morreu com catapora no Chile
Reprodução redes sociais
O corpo do soldador e praticante de fisiculturismo Raphael Casanova, de 38 anos, que morreu após contrair catapora no Chile, chegará ao Rio de Janeiro nesta sexta-feira (19). O velório e o enterro acontecerão no sábado (20), no Cemitério de São Miguel, em São Gonçalo na Região Metropolitana do Rio.
A família de Raphael sofreu durante essa semana para conseguir trazer o corpo do fisiculturista para o Rio de Janeiro. Caso a família não conseguisse o dinheiro para pagar o translado e todos os documentos para a liberação do corpo no Chile, Raphael poderia ser enterrado como indigente no Chile.
Em uma de suas redes sociais, a irmã de Raphael, Juliana Casanova comunicou sobre o desfecho da batalha que a família travou para conseguir trazer o corpo de Raphael. Ela chamou todos os amigos para uma última despedida.
“O corpo do meu irmão chegará ao Rio no sábado às 20h e assim levado para a capela de São Miguel, em São Gonçalo. Quem quiser se despedir e prestar suas últimas homenagens, nós da família estaremos já cedo na capela”, comentou Juliana.
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Raphael morreu no dia 9 desse mês, quando a família iniciou uma vaquinha para bancar os gastos para trazer o corpo do brasileiro para o Rio de Janeiro.
Além da dificuldade para conseguir o dinheiro do translado do corpo, a família também enfrentou problemas para conseguir os documentos necessários para a liberação do corpo no Chile.
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Imigrante há seis anos
Raphael morava na cidade de Antofagasta há seis anos, quando decidiu procurar novos caminhos para melhorar de vida. No Chile, ele conseguiu trabalhar como soldador, profissão que já exercia no Brasil.
Raphael também sempre teve a prática de atividades físicas como grande paixão. Segundo a irmã dele, o fisiculturismo ficou mais forte quando ele se mudou para o país vizinho.
Apesar de não viver do esporte, Raphael levava a sério os cuidados com o corpo e participava de concurso de fisiculturismo. Ele também dava dicas para outras pessoas de como conseguir resultados físicos na academia. Essa era uma segunda fonte de renda dele no Chile.
O soldador e praticante de fisiculturismo começou a perceber a catapora em seu corpo em dezembro do ano passado, quando seu comportamento com a família no Brasil também mudou.
Raphael Casanova
Reprodução
Segundo Juliana, ele tinha o costume de sempre ligar e fazer chamadas de vídeo, mas, quando teve a primeira recaída por conta da doença, as ligações diminuíram.
Após um breve tratamento e algumas consultas médicas, os sintomas da catapora desapareceram, e Raphael acreditou que estava recuperado por completo.
Contudo, segundo Juliana, em março, um dos exames que ele fez apontou que o vírus da catapora tinha continuado a agir no organismo de Raphael e afetou seu rim. Ele também teve lesões no cérebro provocadas pela doença.
Com a nova fase da catapora, Raphael deixou de procurar pelos parentes em São Gonçalo. Juliana contou que ele chegou a passar mal na rua, quando caiu desacordado. O soldador foi levado ao hospital, mas voltou pra casa depois de tomar alguns remédios.
Em dos poucos contatos que fez com a família, Raphael parecia se despedir. Ele contou que não se alimentava direito e não evacuava.
“Ele ainda estava muito mal. Um amigo dele lá conseguiu levar ele para o hospital. Mas ele já estava bem mal”, lembrou a irmã de Raphael.
Para Juliana, a melhor lembrança do irmão é o lado brincalhão que contagiava a todos ao redor.
“Meu irmão era um cara bom. A saudade maior que fica é da pessoa carismática que ele era, muito alegra. Apesar de fortão e grande, ele era uma criança, muito brincalhão, levava tudo na boa”, recordou.
Família de fisiculturista que morreu com catapora no Chile tem oito dias para evitar enterro como indigente
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