Minério de ferro recua na China com preocupações de demanda

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian fecharam em baixa nesta sexta-feira, pressionados pelas perspectivas sombrias de demanda na China, maior produtora mundial de aço, embora os preços tenham registrado um ganho semanal com as perspectivas de mais estímulos para a economia.

O minério de ferro de setembro mais negociado na Dalian Commodity Exchange da China fechou as negociações do dia em queda de 1,4%, para 736,0 iuanes (US$ 106,48) a tonelada. Na semana, o contrato registrou ganhos de mais de 5%.

Na Bolsa de Singapura, a referência de minério de ferro de junho caiu 1,1%, para US$ 105,65 a tonelada. O contrato registrou um aumento de mais de 7% na semana até agora.

“Os indicadores imobiliários da China não estão mostrando uma recuperação sustentável”, disse o ANZ em nota.

“As vendas de propriedades e os projetos concluídos aumentaram, mas os novos começos estão diminuindo. Várias medidas de apoio falharam em estimular o investimento imobiliário.”

Os preços das novas residências na China subiram pelo quarto mês consecutivo em abril, mas em um ritmo mais lento, intensificando os temores de que a demanda reprimida após a reabertura econômica do país esteja diminuindo.

A produção industrial da China e o crescimento das vendas no varejo em abril ficaram abaixo das previsões, sugerindo que a economia perdeu força no início do segundo trimestre e intensificando a pressão sobre os formuladores de políticas para sustentar uma recuperação instável pós-Covid.

A China tomará medidas mais direcionadas para expandir a demanda doméstica e estabilizar a demanda externa em um esforço para promover uma recuperação econômica sustentada, disse o primeiro-ministro Li Qiang, segundo a rádio estatal, na quinta-feira.

Os baixos estoques nas siderúrgicas chinesas forneceram algum suporte aos preços do minério de ferro no início desta semana.

Uma pesquisa com 114 usinas mostrou que o estoque de minério sinterizado importado caiu pela terceira semana consecutiva, incluindo um declínio de quase 1% na semana para 24,19 milhões de toneladas em 18 de maio, segundo a consultoria Mysteel.

Isso eleva a queda total nos estoques desde o final de abril para 7,6%, de acordo com cálculos da Reuters com base em dados da Mysteel.

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