Ministra da Saúde diz que dengue não é emergência nacional

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Nísia Trindade durante pronunciamento na inauguração do COEAntonio Cruz/Agência Brasil

Nísia Trindade, ministra da Saúde, afirmou que a dengue não pode ser considerada uma emergência nacional. A declaração aconteceu neste sábado (3) durante a abertura do COE (Centro de Operações de Emergência) em Brasília.

“Esperamos que essa situação não seja necessária em todo o Brasil. Nesse momento, seguramente não é”, afirmou a ministra.

O COE irá funcionar como um centro de monitoramento nacional contra a dengue. Além disso, o centro irá emitir Informes diários sobre o avanço da doença e orientações para os Estados e municípios, bem como tomar decisões para conter o avanço da doença.

Trindade ainda declarou que está previsto R$ 140 milhões para ações de atendimento da população e mais recursos serão disponibilizados para inseticidas, testes e diagnósticos, bem como uma verba adicional para Estados e municípios tomarem ações emergenciais.

O Ministério da Saúde já realiza ações de combate a dengue e conta até com os ministérios da Defesa, Integração e Desenvolvimento Regional e da Casa Civil.

A Ministra declarou que se reuniu com a Fiocruz e com o Instituto Butantan para buscar ampliar a oferta de vacinas contra a doença.

Casos crescem 273%

No último boletim emitido pelo Ministério da Saúde na tarde de sexta-feira (2), foram registrados 243.720 casos prováveis de dengue, com 24 mortes confirmadas e 163 em investigação. Distrito Federal, Minas Gerais, Acre e Paraná são os estados mais afetados.

Vale ressaltar que o boletim epidemiológico considerou apenas do dia 1º de janeiro até o dia 27.

Até agora, Acre e Minas Gerais já decretaram situação de emergência, enquanto na capital do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes (PSD) também decretou emergência. Em comparação com o mesmo período de 2023, os casos prováveis de dengue cresceram 273% de acordo com o ministério da Saúde.

Vacina pode ser a solução

Desde o ano passado, a vacina Qdenga já faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que 5,2 milhões de doses sejam adquiridas neste ano e mais 1,3 milhão sejam doadas.

Desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, a Qdenga utiliza vírus vivos atenuados e faz com que a resposta do sistema imunológico seja mais eficaz contra quatro sorotipos do vírus da dengue. A administração acontece em duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.

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