Versões de Daniel Alves podem “prejudicar a percepção dos magistrados”, diz criminalista

Em entrevista à CNN, o advogado criminalista Pedro Iokoi afirmou que as mudanças nas versões de Daniel Alves sobre a acusação de estupro podem “prejudicar a percepção dos magistrados” e gerar dúvidas durante o julgamento, na Espanha. Para ele, esta não é a melhor estratégia de defesa para o acusado.

Alves mudou cinco vezes a versão do suposto crime ocorrido em dezembro de 2022, em Barcelona. Ele foi preso preventivamente em janeiro de 2023.

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Veja as versões de Daniel Alves sobre estupro

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“Quando o acusado muda muitas vezes a sua versão, é óbvio que isso acaba gerando uma dúvida em qual versão o magistrado vai acreditar, portanto, não é a melhor estratégia de defesa e parece que a defesa vem tentando se adaptar às novas descobertas do fato. Talvez essas mudanças possam prejudicar a percepção dos magistrados em relação a versão dele”, comentou.

O jogador seria ouvido nesta segunda-feira (5), porém a defesa solicitou a mudança para o terceiro e último dia do julgamento, na quarta (7). O especialista comentou que este é um direito básico do acusado, pois o “interrogatório é uma prova de defesa” e, assim, ele terá condições de se manifestar sobre todas as provas apresentadas e testemunhos ouvidos durante o processo.

No primeiro dia de julgamento, a vítima, uma prima, uma amiga e três funcionários da boate foram ouvidos. Nesta terça-feira (6), cerca de 20 testemunhas falarão sobre o caso no Tribunal, na Espanha.

Relembre o caso Daniel Alves

Preso desde o dia 20 de janeiro de 2023, em Barcelona, acusado de crime sexual, Daniel Alves está próximo de seu julgamento. O brasileiro de 40 anos foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro de 2022.

O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

Daniel Alves é acusado de abusar sexualmente de uma mulher na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da boate, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial.

A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Nos últimos meses, a Justiça espanhola tem negado todos os pedidos do brasileiro para responder ao processo em liberdade, sob a alegação de risco iminente de fuga de Daniel Alves para o Brasil.

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