Imagina como seria fugir de helicóptero do trânsito. Não ter que ficar no congestionamento, ouvindo buzinas, desviando de motos e preocupado em roubarem seu carro. Vida dos sonhos?
- Acredite se quiser, mas a cidade do mundo onde tem mais helicópteros é São Paulo.
Para te dar uma noção de grandeza… A cada 45 segundos, um helicóptero pousa na capital paulista. O movimento é tão intenso que a cidade é a única do mundo que possui um controle de tráfego aéreo exclusivo para os veículos com hélices.
Por outro lado, quando olhamos de forma mais macro, os EUA lideram o ranking das maiores frotas do mundo — com quatro vezes mais aeronaves que o segundo colocado:
Helicópteros comerciais?
Nada mais são que aeronaves usadas para fins… comerciais. Transporte de pessoas e carga, operações de policiamento, combate a incêndios, turismo, voos fretados, filmagens aéreas e por aí vai.
- Todas essas necessidades de uso — e algumas outras — fazem com que o mercado global de helicópterosmovimente em torno de US$ 50 bilhões ao ano.
Para efeito de comparação, é menos de 2% do valor gerado pelas vendas globais de carros, que fica na casa dos US$ 3 trilhões anuais.
Efeito pandemia 
Desaceleração. Assim como aconteceu com vários outros mercados, esse foi o impacto no de helicópteros.
As restrições de circulação reduziram a demanda pelos voos e impactou a cadeia de suprimentos, aumentando o tempo necessário para produzir e entregar as aeronaves.
- Sem contar o receio dos investidores do setor, que reduziram seus gastos por precaução.
O conflito Rússia-Ucrânia, logo na sequência, também afetou a cadeia de suprimentos, atrasando a produção.
Apesar de tudo, o setor está normalizando e a demanda por helicópteros voltou a crescer.
Futuro do mercado 
Não importa qual mercado de meios de transporte estejamos falando: A eletrificação não tem mais volta. Por mais demorada que possa ser a transição, ela já está acontecendo.
No final do ano passado, pela primeira vez, um helicóptero totalmente elétrico realizou um voo de uma cidade a outra, percorrendo um trajeto de cerca de 40km em 20 minutos, nos EUA. Um marco importante.
(Foto: Dan Megna Photo | Reprodução)
O objetivo é que veículos semelhantes sejam usados para voos curtos, como transporte de órgãos para transplante, treinamento de pilotos, passeios e outras atividades do tipo.
Além dos helicópteros 
Já ouviu falar na Eve Air Mobility? É uma subsidiária da brasileira Embraer que atua no ramo de aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL).
Um VTOL é uma aeronave que decola e pousa verticalmente, como um helicóptero, mas pode voar horizontalmente como um avião.
- É a união da praticidade de um helicóptero, que não precisa de uma pista longa para operar, e da velocidade de um avião, podendo ser útil em áreas urbanas e de acesso difícil.
A Embraer já conta com 250 unidades reservadas de seus carros voadores e vem realizando uma série de testes e investimentos multimilionários nos últimos tempos.
(Imagem: Embraer | Reprodução)
Se tudo ocorrer conforme o panejado, a empresa vai começar a operar o serviço de táxi aéreo em grandes capitais, começando por Rio de Janeiro, Miami e Londres.
De qualquer forma, a tecnologia ainda está no começo e deve melhorar muito nos próximos anos — mas pode esperar, que os voos elétricos ainda serão comuns.
Avião com bateria de hidrogênio? 
CURIOSIDADE
(Imagem: Airbus | Reprodução)
Por ano, são 4,5 bilhões de viagens de passageiros de avião, o que é responsável por 2,5% das emissões globais de CO2.
Uma possível solução? Aviões movidos a hidrogênio. Essa é a aposta que grandes players da indústria estão fazendo para zerar as emissões até 2050.
A imagem acima mostra um projeto conceitual da Airbus, anunciado em 2020 e que deve estar disponível no mercado em 2035.