No AC, família pede doações para tratamento de alto custo para jovem com câncer: ‘não podemos desistir’

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Athyla Bosco, que mora em Porto Velho, descobriu em 2020 um linfoma não Hodgkin (LNH), e busca ajuda para os custos do tratamento Car-T-Cell, que custa cerca de R$ 3 milhões. Do Acre, família faz apelos em redes sociais e iniciou arrecadação em uma plataforma de doações. Meire, que mora no Acre, faz apelos em redes sociais por doações para o tratamento do filho Athyla, que mora em Porto Velho
Arquivo pessoal
Em 2020, Athyla Bosco morava em Fortaleza, onde era estudante, e descobriu que tinha um câncer. Em janeiro de 2021, chegou ao diagnóstico de que se tratava de um linfoma não Hodgkin de grandes celulas B do mediastino. Nesse caso, a doença se espalha pelo sistema linfático de forma confusa e sem padrão.
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A partir do diagnóstico, Athyla iniciou uma trajetória de diversos tratamentos, quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea, chegando à imunoterapia. A medicação tem impedido que ele fique debilitado, mas a doença segue avançando.
Com isso, Athyla chegou à recomendação do tratamento Car-T Cell, que ainda não é amplamente difundido no Brasil e tem custo de cerca de R$ 3 milhões.
Atualmente, aos 27 anos, Athyla mora em Porto Velho, capital de Rondônia, mas chegou a fazer parte dos tratamentos no Acre, a pedido da mãe, Meire Grilo, que reside no estado acreano. Mesmo à distância, se revezando entre Rio Branco e Porto Velho, Meire e o filho iniciaram uma campanha na internet para arrecadar o valor necessário para o tratamento.
Ela explica que já pediu na Justiça que a União forneça o tratamento, mas afirma que o filho não tem tempo para esperar uma decisão judicial.
“O problema é tempo. Ele precisa e logo desse tratamento. O SUS não tem, esse tratamento é novo. Começou a ser comercializado no Brasil esse ano, só existia fora do Brasil”, explica.
A família iniciou uma arrecadação na plataforma “Vakinha”, e já recebeu pouco mais de R$ 21 mil dos R$ 3 milhões necessários. Meire constantemente publica vídeos chamando atenção para a luta da família, e promove rifas beneficentes junto ao filho.
A família iniciou uma arrecadação na plataforma “Vakinha”, e já recebeu pouco mais de R$ 21 mil dos R$ 3 milhões necessários
Reprodução
Perseverança
“Minha família não tem condições de custear esse tratamento e estamos tentando via judicial, porém a doença não espera e eu estou cada vez mais vulnerável. Tenho um desejo enorme de continuar lutando pela minha vida e restauração da minha saúde”, ressalta Athyla.
Além de divulgar seu esforço para obter o tratamento, Athyla também faz questão de mostrar que não está abalado com a doença. Recentemente, ele chegou a publicar um vídeo no qual participa de um salto de paraquedas e pede doações a amigos e seguidores.
A mãe também se apega à força do filho para seguir apoiando enquanto buscam o tratamento que pode ser vital para o jovem. Ela ressalta que Athyla mantém toda a família otimista.
“Mãe tem que se manter forte. E ele é muito positivo, ele não se deixa abater. O que os médicos dizem que ele tem que fazer, ele não reclama nada. Ele que passa muita força pra gente. Tem sido um aprendizado. Não não está fácil, mas não podemos desistir “, ressalta.
Athyla faz questão de demonstrar forças durante a busca por tratamento
Reprodução
O que é o linfoma não Hodgkin?
De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o linfoma não Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada. Existem mais de 20 tipos diferentes de linfomas não Hodgkin.
O sistema linfático faz parte do sistema imunológico, que ajuda o corpo a combater doenças. E, como o tecido linfático é encontrado em todo o corpo, o linfoma pode começar em qualquer lugar, dificultando o diagnóstico. O linfoma pode atingir crianças, adolescentes e adultos, mas é mais comum em pessoas mais velhas.
Quais as diferenças entre o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin?
Apesar de terem sintomas parecidos, os linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin são diferentes. De acordo com o Hospital Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, a diferença entre eles está na característica das células encontradas no tumor. Somente após biópsia é possível fazer a diferenciação. O linfoma de Hodgkin apresenta alto índice de cura com quimioterapia de primeira linha. Isso quer dizer que, logo no primeiro tipo de tratamento que o paciente faz, ele tem boas chances de apresentar bons resultados.
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