Greve da educação pode ter fim nesta terça-feira

A greve dos funcionários administrativos da rede municipal de Educação de Goiânia, que paralisa escolas desde 27 de fevereiro, pode ter fim em breve. Na tarde desta segunda-feira, 11, em reunião realizada no Paço Municipal, uma proposta foi apresentada por autoridades municipais à presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), deputada estadual Bia de Lima (PT), e à vereadora Kátia Maria (PT). 

Bia de Lima afirma que apresentará a proposta à categoria em audiência na manhã desta terça-feira, 12. A deputada estadual não quis antecipar detalhes ou dar seu parecer sobre a oferta: “vou aguardar para saber o que os funcionários da educação pensam”, disse ela. A proposta será discutida nesta terça-feira, 12, durante assembleia no Cepal do Setor Sul, às 9h.

Participaram da reunião o procurador-geral do município, José Carlos Ribeiro Issy; o secretário de finanças Vinícius Henrique Alves; o vereador líder da Prefeitura na câmara, vereador Anselmo Pereira (MDB); e o secretário de educação Rodrigo Caldas. Desde o começo da greve, essa foi a segunda reunião entre representantes da categoria e da Prefeitura. 

A greve

O motivo da paralisação, segundo o Sintego, é a falta de efetivação da nova proposta de plano de carreira para a categoria, mesmo após três meses desde a última reunião com a prefeitura. Em novembro de 2023, a Prefeitura de Goiânia se comprometeu a enviar à Câmara Municipal, até 15 de fevereiro de 2024, o novo plano de carreira para os funcionários da pasta, conforme acordado em conciliação pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). No entanto, segundo o Sintego, a promessa não foi cumprida e nenhuma proposta foi feita.

De acordo com o procurador-Geral do Município (PGM) José Carlos Issy, o município não tem espaço fiscal dentro da lei de Responsabilidade Fiscal para propor a criação ou alteração de qualquer plano de carreira que signifique aumento de despesa de pessoal. “Nosso índice estava entorno de 50,22%. Só que com compromissos já assumidos de negociações anteriores, de reestruturações de outras carreiras que ocorreram em novembro, esse limite voltou a chegar perto de 51,2%, o que impede que, nesse momento, haja qualquer tipo de avanço nesse ponto”, disse em coletiva de imprensa na terça.

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