Bitcoin recua 4,5% antes da ata do Fomc e ameaça revisitar os US$ 25 mil; Pepe Coin desaba mais 13%

Após amanhecer exibindo baixa volatilidade nesta quarta-feira (24), o Bitcoin (BTC) cedeu para o lado negativo e aprofundou a queda: de 2% mais cedo, recua para pouco mais de US$ 26 mil por volta de 12h40, levando as perdas a 4,5% nas últimas 24 horas.

O movimento acompanha as bolsas estrangeiras, que também recuam neste começo de tarde, com Dow Jones, S&P500 e Nasdaq caindo 0,71%, 0,81% e 0,98%, respectivamente, pouco antes da divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), prevista para 15h.

Investidores também se antecipam ao segundo dado do PIB do primeiro trimestre dos EUA, que será revelado amanhã (25) e ao índice de preços de gastos com consumo (PCE), na sexta-feira (26).

Após dados do índice de preços ao produtor (PMI) dos EUA, divulgados ontem, mostrarem uma economia ainda aquecida, o mercado pode tomar uma atitude mais cautelosa para o restante do mês, na avaliação Fernando Pereira, analista da Bitget. Para o especialista, os fatores podem levar a uma queda mais acentuada do Bitcoin. “É possível vermos o BTC em US$ 25 mil novamente em breve”.

Os dados econômicos também engrossam o caldo de incertezas em meio às discussões sobre o teto da dívida dos Estados Unidos.

“O impasse na resolução da questão do teto da dívida dos EUA pesou no ânimo dos investidores, com republicanos questionando a real situação do endividamento e a urgência na aprovação do aumento do teto”, explica Ayron Ferreira, analista chefe da Titanium Asset.

“Embora seja provável que haja um acordo, a situação está gerando tensões e pode continuar causando volatilidade no mercado”, projeta.

Assim como o BTC, as altcoins também operam em queda neste começo de tarde. O Ethereum (ETH) desvaloriza perto de 4%, para US$ 1.793, Fantom(FTM) e GMX (GMX) perdem mais de 9%, e a memecoin Pepe Coin (PEPE) desaba 13%.

Baixa volatilidade

A criptomoeda se mantinha relativamente estável para os seus padrões ao longo das últimas três semanas

É uma “ação de preço sem brilho”, disse ontem Bendik Schei e Vetle Lunde, da K33, para a Bloomberg, citando que os volumes médios de negociação de sete dias do BTC haviam atingido as mínimas de dois anos e meio, e a volatilidade de 30 dias chegado ao seu nível mais baixo desde janeiro.

Apesar da estagnação do BTC, o saldo é positivo em 2023. Entre janeiro e maio, a criptomoeda subiu 61%. Para alguns analistas, a valorização neste ano em meio aos recentes colapsos bancários nos Estados Unidos reforçou a narratira de que a criptomoeda é um refúgio seguro. Nem todo mundo, no entanto, concorda com isso.

“O BTC está se comportando atualmente como um ativo de risco impulsionado por considerações de liquidez monetária, o que mostra que os fluxos monetários ainda dominam sua narrativa”, disse Noelle Acheson, autora do boletim informativo “Crypto Is Macro Now”.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h50:

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

(Com informações da Bloomberg)