Prefeitura de Tiradentes busca solução para evitar leilão de área de preservação que emoldura a cidade mineira

Nesta quarta-feira (24) foi realizada uma reunião para discutir o tema. A Justiça estabeleceu prazo de 30 dias para a solução do impasse ou o leilão, que está suspenso, será remarcado. Casarões históricos e a Serra de São José se unem na paisagem de Tiradentes
Raquel Freitas/G1
Nesta quarta-feira (24) foi realizada em Tiradentes, na Região do Campo das Vertentes, uma reunião para discutir o leilão judicial de um terreno na Serra de São José, área de preservação ambiental do município.
O terreno, que abriga cachoeiras e é rico em biodiversidade, pertence à Sociedade Amigos de Tiradentes e tem quase dez hectares. A associação privada foi multada em 2008 pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) devido a um incêndio.
Como a multa não foi paga, o governo do estado entrou com uma ação judicial contra a associação e a Justiça determinou o leilão do imóvel para o pagamento da dívida.
O último presidente da sociedade Gustavo Dias, que atualmente vive fora do Brasil, afirmou que a associação está desativada há dez anos porque ninguém assumiu a instituição após o mandato dele e que a multa tem valor impagável para a realidade da organização.
Agora, a prefeitura da Tiradentes tenta um acordo para ficar com a área, com o parcelamento ou até mesmo a quitação administrativa do débito, com o objetivo de que ela não acabe na mão de terceiros.
Segundo o IEF, o leilão foi determinado pela Justiça e todas as tratativas judiciais do caso são realizadas por meio da Advocacia-Geral do Estado.
A Justiça estabeleceu um prazo de 30 dias para a solução do impasse ou o leilão do terreno, avaliado em cerca de R$ 253 mil, com lance de R$ 131,3 mil, será remarcado.
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